O final triste da portuguesa que morreu ao procurar um novo começo
A portuguesa que morreu esta sexta-feira na Tunísia havia partido em busca de uma nova fase para a sua vida. Era a primeira viagem de Maria da Glória, de 76 anos, após a morte do marido. Faleceu num país onde fora feliz com o esposo, por causa de uma guerra que não era sua. Trata-se da primeira vítima portuguesa do Estado Islâmico.
© Reuters
País Tunísia
Foi este sábado noticiada a existência de uma portuguesa entre as 38 vítimas do ataque perpetrado na sexta-feira por um homem armado na estância turística de Sousse, na Tunísia.
A história de Maria da Glória Moreira, de 76 anos de idade, conforme foi relatada pelo genro à SIC, é particularmente triste.
A mulher, professora reformada, ficou viúva há dois anos e a Tunísia, destino para onde já tinha viajado com o marido, foi precisamente o local que escolheu para fazer a primeira viagem depois da sua morte.
Contou o genro que Maria da Glória tinha “finalmente” decidido retomar a sua “vida” e que a Tunísia era o local indicado para começar uma nova fase, visto ter sido o local onde tinha sido tão feliz com o esposo.
Tinha chegado a Sousse na passada segunda-feira e ontem, sexta-feira, morreu à mercê de um ataque já reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico. Tinha falado com a família por telefone na quarta-feira, dia em que lhes contou que “já tinha feito amigos no hotel”.
Maria da Glória era a única portuguesa hospedada no hotel onde se deu o ataque e é, também, a primeira vítima portuguesa do Estado Islâmico.
Recorde-se que o ato terrorista foi levado a cabo por um homem armado contra o hotel Riu Imperial Marhaba, em Port El Kantaoui, na costa oriental, a 140 quilómetros a sul de Tunes, e foi esta noite reivindicado nas redes sociais pelo Estado Islâmico.
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