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Exposição da "extraordinária biblioteca" de Pina Martins

A Fundação Calouste Gulbenkian inaugura hoje a exposição da "extraordinária biblioteca" do filólogo José de Pina Martins, falecido em 2010, que inclui "livros únicos no mundo", como disse à Lusa a curadora da mostra, Vanda Anastácio.

Exposição da "extraordinária biblioteca" de Pina Martins
Notícias ao Minuto

11:12 - 28/02/15 por Lusa

Cultura Gulbenkian

A exposição, que estará patente até 24 de maio, na galeria de exposições temporárias do Museu Gulbenkian, reúne mais de 1.000 exemplares, entre eles o único exemplar que se conhece do poeta espanhol Garcilaso de la Vega (1501-1536), editado em 1587, em Lisboa, disse Vanda Anastácio.

O centro da exposição tenta recriar uma "geografia imaginária" de Pina Martins, segundo um desenho autógrafo.

"No desenho, ele demonstra com uma determinada geografia, como entendia que se deviam arrumar os livros e como os tinha, por exemplo, humanistas do sul da Europa, todos juntos, e os do norte da Europa, noutras estantes", contou Vanda Anastácio, que é professora de Literatura, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

"Muito interessado na imagem e na relação desta com o texto, Pina Martins colecionou também várias gravuras, de que se expõe uma pequena parte na exposição, representando alguns os seus humanistas de eleição como Petrarca, Sá de Miranda, Dante, Erasmo de Roterdão e Thomas More", disse Vanda Anastácio.

"A exposição está organizada de maneira a criar a ideia, a quem chega, que de facto está a entrar numa biblioteca", adiantou Vanda Martins.

"Cada obra está acompanhada por comentários do próprio Pina Martins, que conta como a adquiriu e o que lhe interessou nela", acrescentou.

José Vitorino de Pina Martins começou a publicar em 1960, sendo autor de mais de duas centenas de estudos históricos e bibliográficos em português, francês, italiano e inglês. Pina Martins assinou ainda títulos de ficção e memórias.

Foi diretor do Centro Cultural Calouste Gulbenkian, em Paris, do Serviço de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo, entre outros cargos, presidido a Academia das Ciências de Lisboa.

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