Viaduto do Corgo é a maior obra de arte em construção no país

Vila Real, 10 nov - O Viaduto do Corgo, em Vila Real, é a maior obra de arte em construção no país com uma extensão de 2.796 metros, pilares principais de 134 metros de altura e um investimento de 85 milhões de euros.

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Paula Lima
10/11/2012 12:09 ‧ 10/11/2012 por Paula Lima

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Vila Real, 10 nov - O Viaduto do Corgo, em Vila Real, é a maior obra de arte em construção no país com uma extensão de 2.796 metros, pilares principais de 134 metros de altura e um investimento de 85 milhões de euros.

Inserido na Autoestrada Trasmontana, entre Vila Real e Bragança, este vai ser também o viaduto mais alto construído no país.

O diretor geral da Autoestradas XXI, Rodrigues de Castro, disse hoje à agência Lusa que a estrutura deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2013, ocasião em que se prevê que entre em funcionamento.

O responsável explicou que o Viaduto do Corgo representa um investimento de 85 milhões de euros. O custo total da Autoestrada Transmontana é de 510 milhões de euros.

Trata-se de uma "obra de engenharia muito complexa".

O viaduto, em betão armado pré esforçado, apresenta uma extensão total de 2.796 metros e divide-se em três sub viadutos contínuos, o poente, nascente e o central, constituído por um vão central atirantado e dois pilares.

Os pilares principais da ponte têm 134 metros de altura desde a sapata da fundação até ao tabuleiro (inclusive), enquanto que os mastros se elevam 63 metros acima do tabuleiro.

A altura desde a fundação até ao topo dos mastros é de 197 metros. Na zona de maior desnível em relação ao solo, o tabuleiro eleva-se a mais de 230 metros do fundo do vale do rio Corgo.

Para a construção desta obra, Rodrigues de Castro explicou que foi necessário recorrer a várias soluções.

Por exemplo, para os pilares optou-se pelos sistemas de cofragens deslizantes (centrais) e trepantes e auto trepantes (nascente e poente). Depois, a nível de tabuleiros recorreu-se a vigas de lançamento (nascente e poente) e, na parte central, foram utilizados carros de avanço, que fazem a betonagem do tabuleiro de seis em seis metros de cada lado.

Na construção do Viaduto do Corgo foram utilizados 110 mil metros cúbicos de betão e 26 mil toneladas de aço.

Por agora, nesta obra de arte falta fechar os três viadutos ligando todo o tabuleiro da estrutura. Faltam designadamente dois metros entre o poente e o central e um total de 54 metros entre o central e o nascente.

"Pensamos ter o tabuleiro concluído ainda este ano", salientou.

Depois, serão feitos os acabamentos, nomeadamente a parte dos passeios, as guardas de segurança, juntas de dilatação e colocação do betuminoso no tabuleiro.

Neste momento trabalham no viaduto 160 pessoas, número que atingiu as 400 em pico de obra.

A construção arrancou em março de 2010 envolvida em polémica e muitas críticas a esta complexa obra de arte por parte de ambientalistas e moradores próximos da estrutura, que constituíram o movimento cívico "Cidadãos por Vila Real".

O viaduto ergue-se a sul da cidade de Vila Real, entre Parada de Cunhos e Folhadela.

A associação ambientalista Quercus apresentou uma queixa na Comissão Europeia contra o Estado português, que foi arquivada e que incidia essencialmente na passagem da via pelo Sítio de Interesse Comunitário (SIC) Alvão-Marão e pela Rede Natura 2000.

Rui Cortes, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) ligado à área do ambiente, afirmou à Lusa que o Viaduto do Corgo "tem impactos tremendos", a nível visual, ambiental e socioeconómico.

"É absolutamente absurda uma obra deste género", afirmou.

Opositor desde o início a esta estrutura, o investigador referiu que se optou pela alternativa "mais cara e com mais impactos".

PLI/ ACYS // ZO

Noticias Ao Minuto/Lusa

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