A Microsoft publicou oficialmente a 6.ª edição do Microsoft Digital Defense Report, um relatório onde destaca as grandes tendências de cibersegurança entre julho de 2024 e junho de 2025.
Neste relatório é indicado que Portugal ocupa o 12.º lugar entre os países que mais são visados por ataques informáticos na Europa. No panorama global, o nosso país ocupa a 32.ª posição.
No que diz respeito aos objetivos mais comuns dos atacantes com este tipo ciberataques, diz a Microsoft que 80% destas ocasiões tem como objetivo roubar dados - 52% com "fins lucrativos" (extorsão) e apenas 4% com objetivo de "espionagem".
Mais ainda, a tecnológica de Redmond estaca ainda a “crescente atividade de atores estatais” no panorama dos ciberataques, destacando o facto de a China, o Irão, a Rússia e a Coreia do Norte visarem indústrias e regiões consideradas estratégicas.
“Estes dados mostram que Portugal não está imune às tendências globais de cibercrime”, afirma o diretor nacional de segurança da Microsoft Portugal, Pedro Soares. “A crescente sofisticação dos ataques, aliada à democratização de ferramentas tecnológicas, exige uma resposta coordenada e estratégica. A segurança digital tem de ser uma prioridade transversal das empresas aos organismos públicos, passando pelos cidadãos. Na Microsoft, continuamos empenhados em apoiar o país com soluções robustas, inteligência global e parcerias locais que reforcem a resiliência nacional”.
A Microsoft aproveita ainda este relatório para lançar o aviso em relação a Inteligência Artificial generativa, sublinhando que a tecnologia é aproveitada por atacantes para “automatizar campanhas de ‘phishing’, escalar técnicas de engenharia social, criar conteúdos sintéticos, identificar vulnerabilidades mais rapidamente e desenvolver software malicioso adaptativo”.
Por outro lado, a Microsoft afirma que recorre a Inteligência Artificial para detetar ameaças e possíveis vulnerabilidades, assim como detetar manobras de ‘phishing’ para proteger os utilizadores.
“À medida que os riscos e oportunidades da IA evoluem, as organizações devem priorizar a segurança das suas ferramentas de IA e formar as suas equipas. Todos, desde a indústria até aos governos, devem ser proativos para acompanhar atacantes cada vez mais sofisticados e garantir que os defensores se mantêm um passo à frente dos adversários”, pode ler-se no comunicado oficial da Microsoft.
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