Depois de anunciar o lançamento de uma investigação a respeito da morte de Charlie Kirk, o procurador-geral do Texas, Ken Paxton, revelou que a plataforma Discord será incluída nas averiguações.
O objetivo é investigar o potencial uso do Discord no planeamento do assassinato do ativista convervador que aconteceu no mês passado numa universidade no estado do Utah, nos EUA.
Paxton partilhou o comunicado oficial sobre a inclusão do Discord na investigação numa publicação que pode ser encontrada na rede social X, onde afirma que a plataforma expõe menores a conteúdo extremista e exploração sexual.
“O Discord escolheu permitir que conteúdo extremista, exploração sexual e adição floresçam na sua plataforma”, pode ler-se no comunicado de Paxton. “Tem a obrigação legal de prevenir que menores sejam expostos a estes males, mas em vez disso as suas ações contribuíram para uma onda crescente de violência niilista em toda a nossa nação”.
Paxton acrescenta ainda que a investigação procurará “examinar o conteúdo na plataforma do Discord”, assim como “o seu papel na contribuição para a radicalização, exploração sexual e adição nos menores”.
BREAKING: I'm investigating Discord after the platform was used by the reported assassin who murdered Charlie Kirk.
— Attorney General Ken Paxton (@KenPaxtonTX) October 9, 2025
Discord has chosen to allow extremist content, sexual exploitation, and addiction to flourish on its platform. pic.twitter.com/8e883kGqwc
Paxton preocupado com “violência esquerdista”
No comunicado original onde foi anunciada a investigação foi manifestado por Paxton uma preocupação crescente com “grupos terroristas de esquerda” e também com “violência esquerdista”.
Estou a lançar operações secretas para infiltrar e eliminar grupos terroristas de esquerda no Texas. O terrorismo político de esquerda é um perigo claro e presente. Não pode haver acordo com aqueles que nos querem mortos", disse hoje o procurador-geral do Texas, Ken Paxton, na rede social X.
De acordo com um comunicado divulgado no site oficial do Governo do Texas, as operações secretas são uma resposta ao assassinato, no dia 10 de setembro, do produtor de conteúdo republicano Charlie Kirk e ao "preocupante aumento da violência esquerdista em todo o país", segundo o estado.
Para Ken Paxton, as "ideologias corruptas", como o antifascismo e a não-conformidade de uma pessoa com o género que lhe foi atribuído ao nascer, pessoas transgénero "são um cancro na cultura" dos EUA.
Em relação ao antifascismo, o procurador referiu, citado em comunicado, o movimento Antifa, abreviatura de "antifascista", declarado como um grupo terrorista pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, em setembro.
Paxton acrescentou que instruiu o seu gabinete para "identificar, investigar e infiltrar-se" em alegados grupos de esquerda, mas não especificou quais nem ofereceu outros detalhes sobre a operação.
O anúncio surge em meio a um discurso crescente, incentivado também por Donald Trump, contra a oposição política e os chamados "grupos extremistas", intensificado pela morte de Charlie Kirk.
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