O AI-IX dedicado, segundo a tecnológica, irá garantir a interligação entre agentes inteligentes, redes de última geração, como satélites 5G avançados e Órbita Terreste Baixa (LEO) e aplicações do mundo real, incluindo robótica e veículos autónomos.
"Esta evolução do produto está disponível não só no maior Internet Exchange da Europa, em Frankfurt, mas em todos os outros locais da DE-CIX em todo o mundo como por exemplo a DE-CIX Lisboa", refere a empresa.
Questionado sobre o que se pode fazer agora em Portugal que não era possível antes, o presidente executivo (CEO) da DE-CIX, Ivo Ivanov, salienta que "com o AI-IX da DE-CIX em Lisboa, a cidade está a tornar-se um verdadeiro polo de inovação em IA em tempo real".
Ou seja, "as empresas podem ligar-se direta e seguramente a fornecedores de 'cloud' e IA locais -- por exemplo, em Sines -- e também em Madrid, conseguindo a menor latência possível através da malha de interligação da DE-CIX", isto permite "o treino de modelos de IA a alta velocidade com acesso de alta largura de banda às cargas de trabalho, enquanto a inferência de baixa latência em Lisboa e áreas adjacentes garante um desempenho em tempo real para os utilizadores finais", explica o CEO.
Quanto aos benefícios que as empresas portuguesas ou internacionais que estão em Portugal podem ter, "o DE-CIX AI-IX em Lisboa oferece às empresas troca de dados de alto desempenho totalmente escalável para elevadas larguras de banda, otimizado para baixa latência e desempenho previsível, e construído para ser altamente resiliente".
Permite conectividade dedicada para a IA 'cloud', adianta, referindo que a soberania dos dados é salvaguardada.
Entre os exemplos práticos está o impacto nas 'startups' de IA em Lisboa.
"Imagine uma 'startup' portuguesa a desenvolver aplicações de IA generativa, o treino de grandes modelos de linguagem requer acesso não só ao poder computacional da GPU na nuvem, mas também a um transporte de dados extremamente rápido e fiável entre centros de dados", aponta o CEO.
Com a AI-IX em Lisboa, "a 'startup' pode interligar-se diretamente com fornecedores de 'cloud', plataformas de dados e 'clusters' de GPU com latência ultrabaixa", o que "significa ciclos de formação mais rápidos, custos reduzidos e maior competitividade a nível global -- tudo isto mantendo as operações ancoradas em Portugal", explica.
A fase 2 da implementação -- a ser realizada em breve -- irá tornar os AI-IX da DE-CIX preparados para Ultra-Ethernet, capazes de suportar o treino de IA geograficamente distribuído, à medida que o treino de modelos começa a sair das instalações centralizadas, adianta a empresa.
A DE-CIX celebra o seu 30.º aniversário este ano.
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