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Manifestantes invadiram escritórios da Microsoft nos EUA

Um grupo de sete pessoas invadiu os escritórios da Microsoft em Redmond, nos EUA, para protestar contra as ligações da empresa com o governo de Israel. O presidente Brad Smith fez uma conferência de imprensa para explicar a situação.

Manifestantes invadiram escritórios da Microsoft nos EUA

© Getty

Miguel Patinha Dias
27/08/2025 12:02 ‧ há 7 horas por Miguel Patinha Dias

O grupo ‘No Azure for Apartheid’ - que recentemente ocupou uma das praças da sede da Microsoft em Redmond para protestar contra as ligações com o governo de Israel - invadiu esta terça-feira, dia 26, as instalações da empresa e chegaram mesmo ao escritório do vice-presidente do conselho de administração e presidente Brad Smith.

 

Conta o site TechCrunch que a invasão dos manifestantes obrigou a Microsoft a encerrar as instalações, com a polícia a ter sido chamada para efetuar a detenção dos envolvidos na iniciativa. A invasão foi transmitida pelo grupo ‘No Azure for Apartheid’ através da plataforma de streaming Twitch.

O site The Verge avançou com as informações de que entre os manifestantes estavam atuais funcionários da Microsoft e também antigos trabalhadores da empresa que haviam sido despedidos por ativismo.

Horas depois da invasão, Smith realizou uma conferência de imprensa a partir do seu escritório para explicar a situação, notando que - dos sete elementos do grupo - dois dos manifestantes eram funcionários da Microsoft e que outro era um ex-trabalhador da Google.

“Obviamente, este foi um dia invulgar”, afirmou Smith, que tratou de reafirmar “o compromisso [da Microsoft] em garantir que os princípios de direitos humanos e os termos de serviço contratuais são respeitados no Médio Oriente”.

As ligações da Microsoft ao governo de Israel foram recentemente expostas por uma investigação do jornal britânico The Guardian, que referia que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) utilizaram a plataforma de computação em nuvem (cloud, em inglês) Azure, da Microsoft, para armazenar dados de chamadas telefónicas obtidos através da vigilância em massa de palestinianos em Gaza e na Cisjordânia.

Pouco depois desta investigação ter sido publicada, a Microsoft fez um comunicado onde adiantou que estas alegações mereciam “uma revisão completa e urgente", uma vez que “os termos de serviço padrão da Microsoft proíbem este tipo de utilização”.

“Estamos a trabalhar todos os dias para chegar ao fundo da questão e é o que faremos”, notou Brad Smith nesta conferência de imprensa, aproveitando a oportunidade no entanto para criticar a iniciativa de invadir as instalações da tecnológica para levar a cabo o protesto.

“Quando sete pessoas fazem o que fizeram hoje de invadir um edifício, ocupar um escritório, bloquear a entrada de pessoas, instalar escutas - mesmo que de forma bruta, na forma de telefones e telemóveis escondidos em sofás ou atrás de livros - isso não está certo”, declarou Smith. “Quando lhes pedem para sair e recusam fazê-lo, isso não está certo”.

Mais ainda, o executivo da Microsoft sublinhou que este tipo de ações “não são necessárias para fazer prestar atenção” ao problema, notando que iniciativas como as desta terça-feira “distrai do diálogo a sério”.

[Notícia atualizada às 12:25]

Leia Também: Portátil da Xbox esteve presente em evento na Alemanha. Eis as imagens

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