A Starship descolou às 18:30 de terça-feira (00:30 de hoje em Lisboa) da cidade de Starbase, no sul do estado norte-americano do Texas, onde está sediada a SpaceX, após dois adiamentos devido a problemas técnicos e meteorológicos, e caiu em segurança no oceano Índico uma hora e seis minutos depois.
O foguetão é composto pelo propulsor Super Heavy e pela nave Starship, e o objetivo da SpaceX é encontrar a chave para que ambas as partes possam ser reutilizadas em futuras missões e assim reduzir os custos nos esforços para regressar à Lua e chegar a Marte.
Os três testes anteriores terminaram com a perda da Starship, pelo que a SpaceX procedeu a modificações, retirando um número significativo de peças do veículo para testar os limites das áreas vulneráveis durante a reentrada na atmosfera terrestre.
O teste de pouco mais de uma hora foi transmitido em direto, através de câmaras na nave espacial e nos satélites Starlink de Musk, e foi interrompido de vez em quando por aplausos dos funcionários, à medida que vários marcos eram ultrapassados, como a separação do propulsor e da nave.
O Super Heavy separou-se da Starship cerca de sete minutos após a descolagem e aterrou nas águas do Golfo do México, no sul dos Estados Unidos, como previsto, embora não se saiba se inteiro.
Splashdown confirmed! Congratulations to the entire SpaceX team on an exciting tenth flight test of Starship! pic.twitter.com/5sbSPBRJBP
— SpaceX (@SpaceX) August 27, 2025
A SpaceX também conseguiu realizar duas experiências que não foram possíveis nas operações que fracassaram: simular o lançamento de satélites, com dispositivos fictícios, através de uma escotilha lateral da nave espacial, e reacender um motor durante o voo, algo que os executivos disseram só ter sido conseguido uma vez.
A Starship continuou a trajetória ascendente para o espaço e, cerca de 45 minutos após a descolagem, iniciou a reentrada na atmosfera, atingindo uma velocidade subsónica no final da viagem: o oceano Índico.
A investigação sobre o fracasso do nono voo da Starship, a 27 de maio, concluiu que fugas de combustível afetaram o controlo de estabilidade da nave, provocando a explosão da mesma.
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