"A produção deste tipo de equipamento já ultrapassou três vezes os volumes planeados", disse Mikhail Mishustin, num discurso na feira industrial Innoprom 2025, em Ecaterimburgo, capital do distrito Federal dos Urais, sem mencionar números.
O responsável declarou que estes números foram alcançados "graças ao apoio oferecido pelo Estado às empresas que estão agora a criar novos modelos, incluindo civis".
"Praticamente todas as direções prioritárias do desenvolvimento da indústria foram incluídas nos novos projetos para alcançar a liderança tecnológica. Uma, que demonstra grande eficiência, é a dos sistemas aéreos não tripulados", afirmou.
Entre os desenvolvimentos destacou o desenvolvimento de um drone anfíbio pesado que será capaz de transportar cargas para zonas de difícil acesso, equipamento apresentado agora na feira.
"Acabámos de ter a oportunidade de ver um drone-helicóptero, o primeiro a ser oficialmente autorizado a operar no nosso país. Temos de nos esforçar para não baixar a fasquia, para nos propormos tarefas cada vez mais ambiciosas", acrescentou.
A guerra na Ucrânia demonstrou claramente a importância dos drones como meio de informação e armamento, o que impulsionou o desenvolvimento de drones na Rússia.
Na segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que a Ucrânia devia "aumentar significativamente" a utilização de todos os tipos de drones eficazes na linha da frente, para "conter melhor os ataques russos" e responder no território vizinho.
Na semana passada, Zelensky anunciou ter feito acordos com os Estados Unidos e a Dinamarca para aumentar a produção de drones para atacar infraestruturas estratégicas em território russo.
Há dois anos, o governo russo aprovou uma estratégia para o desenvolvimento de sistemas de aviação não tripulados que prevê o aumento gradual da produção comercial de drones para um milhão de unidades por ano até 2035.
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