De acordo com um comunicado, as autoridades de Hong Kong vão organizar em Portugal, na quinta-feira, um almoço de negócios intitulado 'Desvendando Novos Horizontes: Habitação Acessível e Oportunidades em Hong Kong e na Grande Baía'.
A Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau é um projeto de Pequim para integrar Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong numa região com mais de 86 milhões de habitantes e uma economia superior a um bilião de euros em 2023.
A Comissária para o Desenvolvimento da Grande Baía, Maisie Chan Kit Ling, vai fazer um discurso sobre "as enormes oportunidades de negócio" que o projeto regional oferece aos empresários portugueses.
No evento vai-se "partilhar as experiências de Hong Kong no aumento da quantidade, rapidez, eficiência e qualidade da construção de habitações públicas, através da adoção de diversas tecnologias inovadoras de construção rápida e robótica".
A secretária para a Habitação de Hong Kong, Winnie Ho Wing Yin, convidou mais de 20 representantes do setor da construção da região e da China continental para participarem no evento.
Estas empresas vão falar sobre tecnologias como os módulos pré-fabricados, a integração das instalações mecânicas, elétricas e de canalização, e a utilização de robôs na construção civil.
O evento poderá servir "para fortalecer as ligações entre os setores de Hong Kong e Portugal e explorar oportunidades" de negócios, sublinha-se no comunicado.
Tanto Maisie Chan como Winnie Ho irão ainda participar no 17.º International Forum on Urbanism, que irá decorrer entre 01 e 04 de julho, no renovado Pavilhão de Portugal, que, depois das obras levadas a cabo pelo arquiteto Siza Vieira, foi transferido para a Universidade de Lisboa.
O programa político do novo Governo português, liderado por Luís Montenegro, prevê a construção de 59 mil casas públicas até 2030 e financiamento para mais habitação, incluindo parcerias público-privadas em imóveis do Estado devolutos.
Em 17 de junho, o primeiro-ministro admitiu no parlamento que a anterior meta, construir 26 mil casas públicas até 2026, teve "uma execução difícil", mas recusou ser "derrotista e pessimista".
"Eu acho que nós temos ainda capacidade para estimular a construção no setor público", disse Montenegro, assinalando que "a taxa de execução está agora a aumentar".
"Nós estamos com uma taxa de execução no universo destas 26 mil casas de 27% e, segundo a informação que os municípios nos transmitiram até o final do mês de junho, 13.429 habitações estarão prontas nesse programa", indicou.
O primeiro-ministro considerou também que foi preciso ultrapassar "bloqueios administrativos e burocráticos" que atrasaram a construção de novas casas.
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