Xiaohongshu, plataforma em que os internautas podem trocar recomendações sobre compras e viagens, difundiu uma mensagem no Weibo, na sexta-feira, a perguntar: "Alguém me pode lembrar ruidosamente em que dia estamos".
Sexta-feira foi dia 4 de junho, uma data tabu na China desde a repressão sangrenta sobre os protestos pró-democracia, em 1989, na Praça Tiananmen, em Pequim.
A mensagem não foi necessariamente uma referência àquela data: Xiaohongshu difundiu, no passado, mensagens semelhantes na sexta-feira, em alusão à aproximação do fim de semana.
A conta da plataforma Xiaohongshu, seguida por 14 milhões de pessoas, não estava disponível no Weibo na segunda-feira.
Em vez disso, uma mensagem assinalava que a conta foi excluída "após reclamações sobre a violação de leis e regulamentos".
A aplicação, cujo nome evoca o famoso "Pequeno Livro Vermelho" do ex-presidente Mao Zedong (1949-76), tem mais de 300 milhões de utilizadores.
Em junho de 1989, a intervenção do exército chinês contra manifestantes pacíficos deixou centenas de mortos. O regime comunista nunca lamentou o massacre.
Nos últimos 32 anos, Pequim tentou apagar a memória da repressão e muitos jovens têm, na melhor das hipóteses, apenas uma vaga ideia dos eventos.
Na sexta-feira, os utilizadores da aplicação de mensagens instantâneas WeChat não puderam usar a figura que representa uma vela acesa, um símbolo que poderia representar uma homenagem às vítimas.
Qualquer comemoração do aniversário de 4 de junho está proibida na China.
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