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Museu do Traje de São Brás vai ter melhores acessos e novas ofertas

O Museu do Traje de São Brás de Alportel vai beneficiar de um conjunto de intervenções para melhorar o acesso de pessoas com incapacidade física e criar novas ofertas que atraiam também a cidadania local, disse o diretor.

Museu do Traje de São Brás vai ter melhores acessos e novas ofertas
Notícias ao Minuto

10:00 - 22/02/20 por Lusa

Cultura São Brás de Alportel

A intervenção no museu, que pertence à Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel e está instalado num edifício apalaçado do século XIX, inclui a criação de um jardim sensorial e a recuperação de várias estruturas de circulação de água que estavam desativadas, referiu à Lusa Emanuel Sancho.

Entre as intervenções previstas no museu do distrito de Faro estão a melhoria de acessos e a eliminação de barreiras arquitetónicas, mas também a recuperação de estruturas antigas, como cursos de regas de água e tanques, para integrar ainda mas o espaço na vivência da cidade, sublinhou o diretor.

Aquele responsável destacou a importância dos trabalhos de reabilitação que vão ser feitos nos sistemas de "circulação de águas" que foram desativados com o tempo e vão agora permitir recuperar um "grande jogo de águas, com canais de água, de rega, tanques de lavagem, noras e um moinho de vento para elevar a água".

"Vamos valorizar muito as antigas estruturas de canalização de água que ainda estão cá e agora vamos reativá-las", revelou o diretor do museu, explicando que vai contar com um engenho que faz mover a água e que vai fazer com que "as crianças se divirtam, porque provoca um repuxo no meio do tanque de lavagem".

Vai ainda ser criado um "jardim sensorial" com "três canteiros com uma área de mais de 600 metros quadrados", uma área com "chás tradicionais" e "ervas aromáticas", e instalada uma mesa transparente, que "permite ver a passagem da água", constituindo uma "zona de meditação", à sombra de um sobreiro, revelou.

A implementação de informação mais acessível", com recurso a braille, com "linguagem que chegue ao leque mais alargado de pessoas possível, melhorando altura das legendas, tipo e tamanho de letra", com "áudio guia, pelo telemóvel" são outras soluções previstas, financiadas a 90% pelo Turismo de Portugal.

"Este museu pertence a uma linha da museologia portuguesa que se chama museologia social. Estamos sempre muito atentos às problemáticas locais, às sociais e às das minorias, portanto, este programa acaba por nos dar uma certa universalidade e traz as minorias para a maioria", referiu.

Segundo Emanuel Sancho, a promoção da integração de qualquer tipo de minorias -- com incapacidades físicas, de nacionalidade, religiões ou outra --, "enquadra-se na filosofia do museu".

O diretor do museu salientou que além das coleções expostas, o museu tem uma "muito intensa" participação da comunidade local, acolhendo "vários grupos de teatro, musicais e comunidades de várias nacionalidades, como a ucraniana", características que qualificou como "muito importantes" para o seu projeto de "museologia social".

"Queremos tornar estes espaços úteis, agradáveis e atrativos, em primeiro lugar para os locais, porque depois os turistas também virão com mais interesse", concluiu.

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