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Arquidiocese de Braga afasta padre suspeito de abusos sexuais

Estrutura recebeu lista com oito nomes. Um foi afastado.

Arquidiocese de Braga afasta padre suspeito de abusos sexuais
Notícias ao Minuto

10:41 - 10/03/23 por Notícias ao Minuto

País Abusos na Igreja

A Arquidiocese de Braga suspendeu de funções um padre suspeito de abusos sexuais, após ter recebido da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal uma lista com os nomes de oito alegados abusadores, referidos nos testemunhos recolhidos.

Em comunicado, a estrutura liderada por D. José Cordeiro, para além de anunciar o afastamento preventivo "do exercício público do ministério sacerdotal" de um desses nomes, revelou também que três deles são de padres que já morreram.

"A decisão cautelar de afastar preventivamente o sacerdote em causa não prejudica o princípio da presunção de inocência", garante ainda a arquidiocese, considerando tratar-se de "aplicar as linhas orientadoras de ação da Igreja em matéria de abusos sexuais de menores, em conformidade com o Vade-mécum sobre procedimentos relativos a casos de abuso sexual de menores cometidos por clérigos".

Já julgados ou inexistentes, investigação sobre restantes nomes continua

A Arquidiocese de Braga explica ainda que um dos nomes "corresponde a um sacerdote que foi alvo de um processo canónico por abuso sexual de menores já concluído e que resultou na aplicação de medidas disciplinares em vigor".

Caso "se verificar que os testemunhos recolhidos pela Comissão Independente configuram novos factos", promete a arquidiocese, "será iniciado um novo procedimento canónico".

No mesmo comunicado, os padres bracarenses alegam que um dos nomes não corresponde a nenhum sacerdote da Arquidiocese de Braga, "nem se encontra nos arquivos da Arquidiocese qualquer referência a seu respeito". Ainda assim, "a investigação será aprofundada, tendo sido pedida mais informação à Comissão Independente".

A Arquidiocese de Braga diz, também, que "um dos nomes diz respeito a um sacerdote que foi alvo de um processo civil, tendo sido absolvido".

"Reafirmamos o nosso compromisso em acolher e escutar as vítimas, tratando todos os casos com critérios inequívocos de transparência e justiça, contribuindo assim para a máxima reparação possível do mal sofrido", prometem os padres bracarenses, afirmando saber que "pedir perdão não é suficiente" e que lhes são "pedidas ações concretas".

"Neste sentido, uma equipa de profissionais está disponível para oferecer apoio psicológico, psiquiátrico, jurídico e espiritual a todas as vítimas que solicitem este serviço. Comprometemo-nos com a promoção de uma cultura de cuidado e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para prevenir futuros casos de abuso", pode-se ler ainda no comunicado.

[Notícia atualizada às 10h57]

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