"Naturalmente, é uma situação preocupante porque estamos a falar de um órgão de soberania, não é uma greve comparável a outra desse ponto de vista, porque, repito, estamos a falar de um órgão de soberania e levanta outras questões e problemas", sustentou.
No decorrer de uma arruada em Matosinhos, no distrito do Porto, a bloquista disse ser importante continuar a conversar e negociar para que seja encontrada a melhor solução.
A líder do BE salientou que "falta muita coisa" nos serviços públicos, sublinhando que as escolas vão abrir e toda a gente sabe como a educação precisa de investimento, o Serviço Nacional de Saúde sente todos os dias a falta de recursos e na justiça as coisas não são diferentes.
"Estão a faltar imensos técnicos judiciais nos tribunais, nós sabemos, sabemos como o investimento nos serviços públicos é essencial porque foi um setor muito atacado pela direita e que ainda não recuperou", ressalvou.
Relativamente à anunciada greve dos magistrados judiciais, a ministra da Justiça avançou quarta-feira que "não foi possível chegar a acordo com os juízes quanto à questão salarial", mas que nas restantes matérias dos estatutos se chegou a um consenso, fruto de um "diálogo amplo e intenso".
Em seu entender, terão que ser os próprios juízes a avaliar a legalidade da greve que pretendem realizar, desdramatizando uma eventual ocorrência do protesto, porque não é a primeira vez que tal acontece.
SYF // JPS
Noticias Ao Minuto/Lusa