Joaquim Jorge tece, esta semana, alguns comentários em relação à liderança do PSD. No entender do fundador do Clube dos Fundadores, a hipótese de Luís Montenegro ser um possível sucessor de Pedro Passos Coelho “não é verossímil e não seria elegante”.
“O momento de Luís Montenegro ficará para outra oportunidade, ou se Pedro Passos Coelho sair de cena”, indica Joaquim Jorge.
Outro dos visados pelo texto do biólogo é Rui Rio. “Tem de avançar sem mais calculismo ou taticismo. Ou anuncia a sua candidatura a seguir às eleições autárquicas de 1 de outubro ou será acusado de eterno hesitante e de querer concorrer sem riscos”, sublinha, alertando que “há sempre um Pedro Santana Lopes muito querido por muita gente dentro e fora do PSD que pode baralhar tudo”.
No entender de Joaquim Jorge, “o dossier autárquico tem sido muito mal gerido pela direção do PSD”. Como exemplos, aponta Lisboa e Matosinhos, onde Joaquim Jorge anunciou uma candidatura autárquica que foi, posteriormente, vetada pela distrital do PSD do Porto.
“O aparelho do partido obstaculizou o que poderia ser uma vitória pela primeira vez do PSD”, lamentou, acrescentando que “este exemplo e outros mostram as debilidades e dificuldades do PSD em ter os melhores candidatos e uma dinâmica de vitória nas autárquicas”.
Joaquim Jorge termina escrevendo que o “PSD parece um partido ‘nem-nem’ (nem ata nem desata; nem diretas nem primárias; nem bons candidatos nem vitórias nas autárquicas)”.