Novo Banco: "Governo não admitia nacionalização e escolheu uma má venda"

No seu espaço de comentário na SIC Notícias, Francisco Louça criticou o Governo por não ter colocado a hipótese de nacionalização do Novo Banco

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Notícias Ao Minuto
13/04/2017 22:26 ‧ 13/04/2017 por Notícias Ao Minuto

Política

Francisco Louça

Questionado em relação ao facto de Margrethe Vestager, Comissária europeia da Concorrência, ter afirmado que nem o Governo português nem a Comissão Europeia terem tido a intenção de nacionalizar o Novo Banco, Francisco Louçã deixou, no seu espaço de comentário habitual na SIC Notícias, uma crítica ao Governo de António Costa.

O antigo dirigente do Bloco de Esquerda considera que o executivo português, ao contrário do que chegou a dar a entender, não colocou a hipótese da nacionalizar o Novo banco, indo contra o desejo dos partidos da esquerda e mesmo de dirigentes socialistas, como Carlos César.

"Muitos dirigentes do Partido Socialista tinham proposto a nacionalização. O presidente Carlos César ou porta-voz socialista tinham proposto a nacionalização em vez de uma má venda, e o Governo escolheu uma má venda por zero e com potencialidade de prejuízos”, afirmou Louçã.

“Não há discussão sobre o facto: o Governo não apresentou em Bruxelas nenhum pedido de cálculo ou nacionalização [do Novo Banco]”. Para o comentador isto levanta dois problemas: o facto de não ter debatido devidamente a questão com o Parlamento nem de ter ido mais longe na proposta às instituições europeias.

“O Governo não apresentou proposta de nacionalização por alegar que o custo seria demasiado elevado”. “Como é que o Governo calculou o custo sem ter perguntado à Comissão Europeia? O Governo não negociou e admitiu que o pior cenário possível se iria aplicar”. Para além disso, “quando [o Governo] dizia que admitia várias hipóteses, não admitia a hipótese de nacionalização”.

Outro tópico da política nacional que marcou o comentário de Louçã foi a questão das carreiras contributivas longas. Congratulando-se com as negociações em curso, afirmou que “o primeiro-ministro abriu uma possibilidade de negociação”. “Percebo que haja alguma desilusão com esta proposta, porque se tratam de pessoas que perderam a sua juventude e começaram a trabalhar desde muito cedo, mesmo mais do que aquilo que a lei permitia”. No entanto, “o facto de haver esta negociação revela que existe vontade de desbloquear este assunto e o primeiro-ministro foi cuidadoso nesse sentido”, afirmou o comentador.

Relativamente à revisão do défice de 2016 para os 2%, Louçã congratulou o executivo português. “Da parte do Governo há, mais do que outra coisa, o sublinhar do seu sucesso político quanto ao défice, uma vantagem contra os partido de direita e mesmo em relação à União Europeia”.

[Atualizado às 22h46]

 

 

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