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Costa "saberá se quer manter no Governo alguém que mentiu ao Parlamento"

O centrista João Almeida fala em "quebra de verdade" e lembra "consequências penais" de mentir numa Comissão de Inquérito

Costa "saberá se quer manter no Governo alguém que mentiu ao Parlamento"
Notícias ao Minuto

18:34 - 09/02/17 por Notícias Ao Minuto

Política João Almeida

João Almeida, deputado do CDS, comentou esta quinta-feira o caso da troca de correspondência entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e António Domingues a propósito das polémicas declarações de rendimento.

Numa conferência de imprensa, João Almeida insistiu que o ministro das Finanças faltou à verdade quando disse que "inexistiam documentos que afinal existem".

"O CDS não quebrará o principio de manter sobre reserva até uma deliberação formal essa mesma documentação, mas não precisa do conteúdo para ter uma posição clara sobre aquilo que foi a quebra de verdade de Centeno para com a Comissão de Inquérito", disse o centrista, recordando que a 23 de novembro o CDS solicitou documentação sobre troca de correspondência eletrónica entre o antigo gestor e Centeno.

A esse pedido, frisou, o ministro respondeu, a 3 de janeiro,"inexistirem trocas de comunicações com as caraterísticas descritas". Sabe-se agora que "os documentos que existem que a Comissão de Inquérito já conhece", afirmou João Almeida.

Ora, ainda sem conhecer o conteúdo de tais documentações, o centrista não tem qualquer dúvida: "A quebra de verdade é inequívoca" e "poderá estender-se ainda mais com a análise dos documentos que por enquanto estão sob reservas".

Assim sendo, João Almeida quis lembrar ao ministro que "há consequências penais de mentir numa Comissão de Inquérito", questionando-o se este quer voltar atrás na resposta que deu ao Parlamento em janeiro.

A António Domingues, os centristas querem ouvir da sua boca "se houve ou não houve a confirmação de um compromisso para que o Governo viesse a afastar requisitos que a lei à época tinha e que impedia aquela administração de tomar posse".

João Almeida, sem nunca pedir concretamente  a demissão do ministro, sublinhou que antes das antes das penais, terá de haver consequências políticas. "O primeiro- ministro saberá se quer manter no Governo alguém que disse ao Parlamento que uma documentação que inexistia quando afinal existe", defendeu, acrescentando que "qualquer português consegue formular uma opinião sobre se o ministro tem condições para continuar a exercer funções".

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