"O que nos pode levar a qualquer desaire é a conflitualidade dentro do nosso partido, eu já disse que esta direção está aberta à participação de todos", disse.
No congresso de reconfirmação da liderança de Miguel Albuquerque como presidente do PSD/M por mais dois anos, o líder do partido realçou ainda que a atual direção "não tem complexos, nem preconceitos relativamente aos militantes, nem com o passado, o presente e o futuro".
"Nós somos um partido social-democrata e sabemos que este percurso de boa governação só é possível se os nossos militantes e simpatizantes se mobilizarem em unidade", alertou.
Miguel Albuquerque lembrou que o Governo Regional tem um mandato de quatro anos e meio e que o mesmo não se submete à agenda da oposição e acusou a oposição de "falta de vergonha política".
"Na Madeira, a oposição exige tudo e mais alguma coisa mas, agora que são poder no continente, nada fazem para resolver as questões fundamentais que temos em Lisboa e que são essenciais para resolver a vida dos madeirenses e porto-santenses".
Para Miguel Albuquerque, a oposição na Madeira sofre de "bipolaridade política".
"Na Madeira dizem-se a favor de uma coisa, na República fazem exatamente o contrário", criticou, dando como exemplo a construção do novo hospital do Funchal que o Governo da República, apesar de não inscrever qualquer verba no Orçamento de Estado para 2017, manifestou querer apoiar em 50%.
Albuquerque venceu, sem qualquer opositor, as eleições internas que se realizaram a 09 de dezembro de 2016, nas quais foi reeleito com 98,2% dos votos (2.850) dos 2.901 militantes que exerceram o seu direito de escolha.
O líder eleito do PSD/Madeira é o subscritor da única moção de estratégia global intitulada "Proximidade, Confiança, Desenvolvimento" que traça os objetivos a prosseguir até final do mandato em 2019.
As eleições autárquicas, recuperar os sete dos onze municípios que o PSD/M perdeu nas últimas eleições de 2013 (num ato eleitoral em que o partido, então liderado por Alberto João Jardim, obteve o seu pior resultado de sempre - 34,81%), e a revisão do Estatuto Político-Administrativo da Madeira são os dois "desafios" em debate neste congresso dos sociais-democratas insulares.
O congresso, que conta com a participação dos 450 delegados eleitos que vão escolher pela primeira vez os elementos do Conselho Regional do PSD/M através do método de Hondt, realiza-se no Centro de Congressos da Madeira.