Foi conhecido esta tarde, sexta-feira (28), o pedido de demissão do chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, na sequência da divulgação das duas falsas licenciaturas que o governante alegava ter concluído.
Nessa mesma notícia, divulgada pelo jornal online Observador, era também adiantado que o Ministério da Educação estava ciente de que Nuno Félix não tinha completado nenhum dos cursos em que se inscrevera, informação essa que a mesma tutela vem desmentir.
“O Ministro da Educação desmente que tenha tido conhecimento de que havia uma incorreção no despacho de nomeação assinado pelo antigo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Meneses, relativamente ao seu Chefe do Gabinete”, pode ler-se numa nota enviada às redações.
O mesmo comunicado esclarece ainda que “a referida incorreção relativa ao percurso académico de Nuno Félix só agora chega ao conhecimento do Ministro da Educação, num momento em que a mesma já estava conforme”, visto que, nesse mesmo despacho, “assinado pelo atual Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, refere “a frequência” de duas licenciaturas”.
Ao Observador, Wengorovius Meneses, que teve Nuno Félix como chefe de gabinete enquanto exerceu funções de secretário de Estado, afirmou que o facto de ter tomado conhecimento de que o despacho de nomeação especificava uma formação académica que o seu assessor não tinha concluído, foi uma das razões que motivou o seu pedido de demissão.
Isto depois de, garantiu, ter comunicado ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a intenção de exonerar Nuno Félix, e de o ministro ter decidido manter o chefe de gabinete no cargo, contra a vontade do então secretário de Estado.
"O ex-secretário de Estado não saiu devido a questões relacionadas com o seu chefe do gabinete, inclusivamente a incorreção do seu despacho de nomeação", desmente hoje o Ministério da Educação, através do seu gabinete de imprensa.