O socialista Vital Moreira comentou a situação dos incêndios em Portugal, relacionando o problema com o facto de “ao longo de décadas” termos “inundado o país com uma floresta ao serviço da indústria de celulose, com enormes extensões contínuas de pinheiros e sobretudo de eucaliptos, sem paralelo em qualquer outro país europeu”.
O jurista estima que, nos últimos anos, o eucalipto tenha ocupado “mais de metade de todas as novas plantações florestais” em Portugal.
“Enquanto a indústria de celulose realiza pingues lucros e os proprietários fundiários retiram fáceis rendas, o país paga centenas de milhões de euros por ano na prevenção e no combate aos incêndios, sem contar com os demais custos humanos e ambientais (erosão e degradação da paisagem)”, critica Vital, num artigo publicado no blogue Causa Nossa.
Daquilo que o socialista observa, se não existir uma reversão da política florestal, não se poderá falar em prevenção e combate contra os fogos:
Sem reverter de vez a política florestal, pondo termo à eucaliptização selvagem do país, todos os planos de prevenção e de luta contra os incêndios estão votados ao fracasso, não passando de exercícios de ilusão política”, termina.