No dia em que passam 30 anos do homicídio de Gaspar Castelo-Branco, o antigo diretor-geral dos Serviços Prisionais foi homenageado a título póstumo.
Numa nota publicada no site da Presidência da República lê-se que o Presidente da República “agraciou a título póstumo” Gaspar Castelo-Branco, uma distinção recebida pela “viúva do homenageado, Maria Isabel Castelo-Branco” a quem foram entregues as insígnias da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O que eram as FP25?
Tratava-se de uma organização armada clandestina de extrema-esquerda designada Forças Populares 25 de Abril que surgiu no período pós-revolução. A sua criação deveu-se ao descontentamento para com a evolução política do país, em especial com a instauração do sistema representativo parlamentar de base partidária.
No Manifesto ao Povo Trabalhador, esta organização, que tinha em Otelo Saraiva de Carvalho o elemento mais popular, acusou os responsáveis políticos de agiram contra a Constituição de 1976, abandonando o socialismo, a Reforma Agrária e a vontade popular.
As FP25 atuaram em Portugal entre 1980 e 1987, tendo levado a cabo diversos atentados armados, assaltos a bancos, assaltos a viaturas de transporte de valores e atentados com recurso a explosivos. Da sua atuação resultou a morte de 13 pessoas, incluindo o então diretor-geral dos Serviços Prisionais.