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"O voto não pode ser sujeito a um visto prévio da Europa"

Pacheco Pereira considera que nos últimos anos os partidos socialistas se tornaram “uma espécie de mandaretes" do Partido Popular Europeu (PPE).

"O voto não pode ser sujeito a um visto prévio da Europa"
Notícias ao Minuto

17:05 - 31/10/15 por Notícias ao Minuto

Política Pacheco Pereira

Para Pacheco Pereira, a possibilidade de formação de um governo de Esquerda em Portugal surge também como resposta a uma certa hegemonia do Partido Popular Europeu (a ‘família’ europeia do PSD e do CDS). E é algo que se faz sentir de diferentes modos noutros países, seja um Partido Trabalhista mais à Esquerda em Inglaterra, com Jeremy Corbyn, seja as ascensões do Podemos em Espanha ou do Syriza na Grécia.

Em entrevista ao jornal i, o historiador diz mesmo que “quando se fizer uma análise destes anos há de verificar-se que a questão não é tanto a senhora Merkel como um partido hegemónico que se comporta como a internacional comunista nos anos 30”.

Apesar das suas ligações históricas ao PSD, Pacheco Pereira alerta para o “perigo para a democracia e Europa” de os partidos ligados ao PPE terem “um direito quase natural de governar”.

“O voto não pode ser sujeito a um visto prévio da Europa”, diz ainda o comentador político, acrescentando que “há uma enorme falência da democracia em muitos países europeus suscitada pelas chamadas regras europeias”.

E como este fenómeno na política europeia acontece ‘à sombra’ do crescente poder dos chamados mercados, Pacheco Pereira apela à necessidade de transparência e de criminalizar o que descreve como “a enorme opacidade dos mercados”, opacidade essa que “tem de ser extirpada”.

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