A opinião dos leitores em relação às eleições pode ser influenciada pelo Google, garante um estudo coordenado pelo investigador Robert Epstein.
O Diário de Notícias fez a experiência em relação aos candidatos a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas e, filtrando os resultados do último mês, António Costa poderá levar um pequeno avanço.
Quando escreveu “candidato a primeiro-ministro”, no dia de ontem, o órgão de comunicação social constatou que o líder socialista é o primeiro a aparecer na lista de conteúdos, na forma de uma biografia na Wikipedia.
De seguida, uma notícia sobre o facto de Passos Coelho ser mais sexy “do que Tsipras e Obama”, o que coloca o atual primeiro-ministro no segundo lugar da lista do Google. A coligação Portugal à Frente ficou com pouca sorte nos resultados da gigante tecnológica, por outro lado a primeira notícia fala do PS angariar “o dobro do dinheiro da coligação”.
Paulo Portas está entre as tendências mais procuradas do dia, sendo apenas destronado para o terceiro lugar pelo Sporting Clube de Portugal e por Pinto da Costa. Isto, claro está, no dia de ontem, sexta-feira.
Os cientistas falam no facto de a “manipulação” ser uma “ameaça aos sistemas democráticos de governo”, e do “algoritmo de busca do Google” poder alterar as preferências de voto dos “eleitores indecisos em 20% ou mais, até 80% em alguns grupos demográficos”.
Em resposta ao DN, a Google afirma que “não há absolutamente nenhuma verdade na hipótese apresentada pelo Sr. Epstein segundo a qual o Google pode trabalhar secretamente para influenciar o resultado das eleições”.