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"É difícil distinguir" propostas do PS das do Governo

O ministro da Educação, Nuno Crato, defendeu na quarta-feira que "em alguns textos" do documento do Partido Socialista (PS) com propostas para os próximos anos "é difícil distinguir" uma visão na Educação que se distancie das políticas do Governo.

"É difícil distinguir" propostas do PS das do Governo
Notícias ao Minuto

06:47 - 30/04/15 por Lusa

Política Crato

"Nós encontramos naquele documento, no que se refere à Educação, muitas preocupações que são coincidentes com as nossas. Encontramos alguns textos mesmo em que é difícil distinguir aquilo que esse texto diz daquilo que já dissemos em textos anteriores. Isto é altamente positivo. Essa coincidência é altamente positiva e dar-nos-á a possibilidade de discutirmos as propostas concretas, mas essas propostas têm que ser particularizadas para poderem ser discutidas", disse hoje Nuno Crato no parlamento.

O ministro falava na comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, no âmbito de uma audição regular da sua equipa governativa, e respondia a um pedido de comentário da deputada social-democrata Isilda Aguincha ao documento do PS recentemente apresentado.

O documento em causa é o relatório "Uma década para Portugal", encomendado pelo PS e apresentado na passada semana, liderado pelo economista Mário Centeno, no qual se apresentam uma série de medidas a aplicar até 2019, e que é tido como a base do programa de Governo que os socialistas pretendem levar a votos nas próximas eleições legislativas.

Entre as várias propostas, o PS afirma que pretende dotar as escolas de um quadro docente estável.

"A colocação de docentes numa escola deve seguir a duração dos ciclos educativos completos potenciando o acompanhamento continuado pelo mesmo professor de todo o ciclo de aprendizagem. A medida deve incluir incentivos à localização de professores em zonas menos atrativas, penalizando os professores que se apresentem a sucessivos concursos e responsabilizando as escolas pelo planeamento estável das suas necessidades de recursos", segundo a proposta do PS.

Nuno Crato manifestou-se "de acordo" com uma proposta que permita a fixação de professores, mas afirmou ter dúvidas sobre a forma como o PS pretende atingir o objetivo.

"Não percebemos bem os mecanismos que foram enunciados naquele documento. Não nos parece que seja correto penalizar professores por concorrerem aos concursos, é um dever dos professores. Assim como não nos parece que a coincidência dos professores com os ciclos de estudos possa ser feita, porque isso obrigar-nos-ia a ter concursos todos os anos. Os ciclos de estudo são diferentes: são de quatro, três e dois anos. Ou faríamos concursos de 12 em 12 anos ou faríamos concursos todos os anos", declarou o responsável pela pasta da Educação.

Ainda assim, Nuno Crato disse estar disposto "a ouvir propostas concretas e, se o PS assim o entender, a participar num debate sobre esse tema".

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