José Luís Carneiro discursou esta tarde na abertura da reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista, que decorre em Penafiel, distrito do Porto, e que tem na agenda a decisão sobre o apoio do António José Seguro nas eleições presidenciais e a análise dos resultados das autárquicas da semana passada.
Sobre o OE2026, em relação ao qual o líder do PS defendeu esta semana uma "abstenção exigente" depois de ouvir os órgãos do partido, o socialista considerou que este "é mesmo um mau Orçamento do Estado".
Carneiro afirmou que à proposta do Governo "falta credibilidade em relação ao equilíbrio orçamental", tendo em conta "a previsão da receita e previsão da despesa e também das opções em relação a essa receita e a essa despesa".
O líder do PS avisou ainda para uma "perda de rendimentos para as pensões mais baixas".
No entanto, Carneiro reiterou os argumentos das exigências feitas ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para que a reforma laboral, a Lei de Bases da Saúde e a questões sobre a Segurança Social ficassem de fora do documento.
"O Orçamento não poderia servir como instrumento para os denominados cavaleiros orçamentais que permitissem tocar em áreas vitais da nossa vida coletiva", salientou.
O secretário-geral do PS disse que "o Governo correspondeu a estas exigências que o PS colocou".
"Tendo correspondido, entendi propor ao Grupo Parlamentar e à Comissão Política a abstenção em relação ao Orçamento do Estado. Houve um entendimento unânime em relação à abstenção", decidida por "razões de estabilidade política", justificou
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