O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, confirmou este domingo que será proposto à Comissão Nacional o apoio do partido à candidatura de António José Seguro nas eleições presidenciais de 2026.
Num discurso, no arranque da Comissão Nacional do PS, em Penafiel, Carneiro considerou que Seguro "tem provas dadas no serviço dos valores democráticos e constitucionais".
"António José Seguro, além de ter sido secretário-geral dos jovens socialistas, foi também secretário-geral do nosso partido. Tem provas dadas no serviço dos valores democráticos e constitucionais", afirmou.
"Considerando o tempo especial - social e político - que estamos a viver, só a resposta do socialismo democrático poderá responder às exigências fundamentais dos valores que defendemos", afirmou.
Ainda assim, ressalvou, o apoio a Seguro "não poderá colocar em causa a liberdade dos dirigentes, dos militantes, dos simpatizantes" do PS.
O secretário-geral do PS salientou que os socialistas estão "a cumprir escrupulosamente três compromissos" assumidos, desde logo "o tempo de decisão", depois das eleições autárquicas, e também que seria em "sede própria", ou seja, "no órgão mais importante entre os congressos".
"O respeito pelo tempo de maturação de quem decidiu avaliar se reunia ou não as condições para avançar com uma candidatura. Aos que o fizeram, procurando o secretário-geral do PS, o anterior e este, eu quero agradecer a correção com que o fizeram e o respeito que manifestaram pelo Partido Socialista porque fizeram-no na reserva desse diálogo, sem que do seu teor se pudesse ter conhecimento na opinião pública", acrescentou, referindo que conta "com essas pessoas que decidiram não avançar para continuarem a servir o nosso país em diferentes funções".
Sublinhe-se que, esta semana, a agência Lusa já tinha avançado que José Luís Carneiro e Carlos César iriam apresentar à Comissão Nacional uma proposta para que o PS apoie o ex-secretário-geral socialista.
Apoio do PS? "Tomo boa nota dessa notícia", afirmou Seguro
Seguro disse que tomou "boa nota" desta proposta de apoio do PS, mas reiterou que tem uma "candidatura aberta", porque o Presidente da República deve estar "acima dos partidos".
"Tomo boa nota dessa notícia, mas não quero nem devo interferir na vida interna dos partidos políticos em Portugal. A minha candidatura foi apresentada há quatro meses, tem vindo a granjear cada vez mais apoios, à esquerda, à direita, ao centro, de pessoas que não têm qualquer filiação partidária, e é aí que vou continuar", respondeu.
[Notícia atualizada às 19h50]
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