"Foi um caminho das pedras, um caminho suado. Vinha com o rótulo colado de um partido que gostam de rotular, mas acho que consegui passar a ideia de que estou cá para as pessoas, que não há xenofobias, nem racismo e que estou cá para trabalhar".
A coligação Avançar Coimbra (PS/Livre/PAN) liderada por Ana Abrunhosa venceu as eleições autárquicas de domingo em Coimbra, elegendo cinco mandatos; a coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS/NC/PPM/V/MPT), de José Manuel Silva, presidente até agora, elegeu cinco mandatos, enquanto o Chega elegeu um, saindo do elenco de eleitos a CDU.
Esta é a primeira vez que o Chega vai integrar o executivo municipal de Coimbra, com a convicção que "a prepotência acabou" e que não deixará "ninguém ser prepotente".
"Claro que gostaria de outro tipo de resultado, sempre disse que pretendia ganhar, mas fomos a votos e o povo manda. Agora é trabalhar para todos, não apenas para a cidade, mas para o concelho todo, que está descuidado e destratado", referiu.
Em declarações à agência Lusa, Maria Lencastre Portugal assinalou que o seu trabalho, bem como o da sua equipa, foi hercúleo, numa luta contra duas grandes coligações.
"Também a CDU é uma das derrotadas da noite de domingo. No início da campanha, eu era uma perfeita desconhecida e só posso estar genuinamente feliz porque passei a mensagem de que a política é serviço à população".
Questionada sobre uma possível aliança com uma das coligações, visto que asseguraram cinco mandatos cada uma, Maria Lencastre Portugal disse aguardar que a contactem.
"Considero aguardar que me contactem para perceber quais são os programas, o que é que é mais favorável para a nossa cidade e para o concelho. Se não quiserem contactar, tudo bem na mesma, porque serei sempre a favor da população e nunca à procura de qualquer tipo de tacho".
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