"Nós demos a cara, nós não nos escondemos de ninguém, nós confrontámo-nos na rua com as pessoas que nos criticavam, que nos davam sugestões, que nos elogiavam, a todas nós ouvíamos e a resposta foi esta: maior vitoria de sempre", afirmou Isaltino Morais, que teve o apoio do PSD, num discurso transmitido pelas televisões.
Na sua 11.ª eleição à presidência da Câmara Municipal de Oeiras, no distrito de Lisboa, Isaltino Morais expressou gratidão pela "confiança extraordinária" demonstrada pelos eleitores nas autárquicas de domingo, sublinhando a "grande responsabilidade" que assume o novo mandato.
"Deram-nos a maioria absoluta na Câmara, deram-nos a maioria absoluta na Assembleia Municipal, deram-nos a maioria absoluta em todas as freguesias", salientou.
Nas últimas eleições autárquicas, em 2021, Isaltino Morais teve 50,86% dos votos, correspondendo a oito mandatos.
Nessa altura, o PS, com 10,52% da votação, elegeu um vereador, tal como a coligação PSD/MPT, que obteve 7,91%.
A coligação Evoluir Oeiras (Bloco de Esquerda, Livre e Volt Portugal) também elegeu um vereador, com 7,27%.
Isaltino Morais, que foi também ministro das Cidades, ordenamento do Território e Ambiente, foi eleito presidente da Câmara de Oeiras pela primeira vez em 1985, nas listas do PSD, renovando o mandato nas eleições de 1989, 1993, 1997 e 2001.
Em 2005 (quando era arguido num processo judicial) e 2009 voltou a vencer a Câmara de Oeiras, já como independente, mas interrompeu o mandato em 2013 para cumprir pena, depois de ter sido condenado a dois anos de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Doze anos depois -- e meses após ter confirmado que tinha sido convidado pelo PSD para integrar as listas do partido, o que recusou - recandidatou-se ao município como independente e voltou a ganhar, tal como nas eleições de 2021.
Devido à lei da limitação de mandatos, as autárquicas deste ano foram as últimas a que pode concorrer no município.
Nas eleições de domingo, a coligação PS/PAN obteve 11,29% dos votos, garantindo um mandato, enquanto o Chega alcançou 8,48% dos votos e assegurou pela primeira vez presença no executivo.
Já o movimento Evoluir Oeiras (BE/Livre/Volt) teve 6,34% dos votos e não conseguiu eleger qualquer vereador, perdendo o único mandato que detinha.
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