Em declarações aos jornalistas na sede do PS, em Lisboa, o líder do PS assumiu a perda da liderança da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), uma vez que fica com 130 autarquias, enquanto a AD consegue 134.
"Não alcançámos alguns dos objetivos a que nos propusemos, mas também, como disse, estávamos longe de imaginar que nos íamos bater até ao último momento, taco a taco, para superar várias capitais de distrito, ganharmos cinco capitais de distrito", enfatizou.
Questionado sobre a responsabilidade por estes resultados, Carneiro disse sentir-se "francamente bem por ser corresponsável" por ser possível "afirmar o Partido Socialista como o grande partido alternativo na construção de uma solução política nacional".
"Eu sinto uma confiança reforçada dos portugueses e das portuguesas na liderança do Partido Socialista", respondeu, quando questionado se o facto de não ter mantido a ANMP e não ter ganhado Porto e Lisboa fragilizavam a sua liderança enquanto secretário-geral do PS naquelas que foram as suas primeiras eleições à frente do partido.
O líder do PS destacou ainda a conquista de cinco capitais de distrito que escapavam à liderança do PS: Évora, Faro, Coimbra, Bragança e Viseu.
Antes destas eleições, o PS detinha a liderança de cinco capitais de distrito e manteve Castelo Branco, Leiria, Viana do Castelo, Vila Real, mas perdeu Beja, tendo assim praticamente duplicado as capitais de distrito.
"Nós alcançámos vários objetivos que eu gostaria de sinalizar. Primeiro objetivo, ganhar a Câmara de Évora. Segundo objetivo, ganhar a Câmara de Faro. Terceiro objetivo, ganhar a Câmara de Viseu. Quarto objetivo, ganhar a Câmara de Bragança. Outro objetivo que alcançamos, fundamental, ganhar a simbólica e importante Câmara de Coimbra e disputar, naturalmente que gostaríamos mais de as ganhar, mas disputar as Câmaras do Porto, de Braga e disputar também a Câmara de Lisboa", disse.
Carneiro explicou que o PS tinha o desafio de ter cerca de 50 presidentes de câmara em fim de mandato e, com as contas ainda não concluídas, o PS terá perdido 19 câmaras municipais.
"O que significa que conseguimos garantir bem mais de metade das presidências de câmara nos locais onde houve transição que é sempre difícil", enfatizou.
Para o líder do PS, a "responsabilidade, naturalmente, é de todos".
"Aquilo que eu disse, várias vezes, foi chamar a atenção para um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que diz que, na avaliação dos cidadãos, o aspecto que primeiro e mais valorizam é o perfil da candidatura. O segundo aspecto que mais valorizam é a dimensão programática e o sentido ético. E a terceira, o partido. E, portanto, foi aquilo que eu disse e isto não significa que todos nós não sejamos responsáveis", acrescentou.
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