José Luís Carneiro falava aos jornalistas no largo do Rato, em Lisboa, com o presidente do PS, Carlos César, ao seu lado no palco, onde se lê uma nova mensagem: "Gente de Confiança".
"O PS voltou como grande partido de alternativa política ao Governo. O PS mostrou vitalidade e voltou e os portugueses voltaram a confiar no PS", disse.
José Luís Carneiro admitiu que o partido conseguiu "cerca de 130 e a AD irá alcançar 134 câmaras", perdendo assim a liderança da Assembleia Nacional de Municípios Portugueses.
Segundo o líder do PS, "aqueles que vaticinavam uma erosão estrutural do Partido Socialista", depois de ganhar em 2013, em 2017 e em 2021, "no quarto ato eleitoral, mesmo estando em oposição no país, [o PS] está taco a taco com o Governo no número de câmaras".
"Isto é extraordinário à luz dos resultados que tivemos há três meses quando alguns afirmavam mesmo que o PS tinha entrado numa erosão eleitoral e que aquilo que seria verificado com o PS português era o que se tinha passado com o Partido Socialista francês", defendeu.
O líder do PS fez questão de destacar que no Algarve, "onde havia profundas preocupações com o crescimento da extrema-direita, o Partido Socialista tenha fechado com 11 Câmaras, o PSD com duas, o Chega com uma, a CDU com uma e os Independentes com uma, ou seja, uma vitória hegemónica do Partido Socialista no Algarve".
"E o Chega, que veio prometer 60 câmaras, está relegado por uma quinta posição, atrás da CDU e atrás do próprio CDS", enfatizou.
Carneiro afirmou que o PS tem a partir de agora "o mesmo número de capitais de distrito" da AD.
"É um sinal inequívoco de que entramos num eleitorado mais exigente, num eleitorado que espera dos partidos políticos respostas ainda mais claras em relação às suas necessidades fundamentais da habitação, da saúde, dos transportes, da mobilidade, da qualidade do espaço público, da educação, da cultura, da ciência e do conhecimento", destacou.
O secretário-geral do PS deixou "uma palavra a todas as portuguesas e a todos os portugueses" e assegurou que "podem contar, podem confiar no Partido Socialista, nas autarcas e nos autarcas que acabaram de eleger".
"Não deixarão de desenvolver uma cultura democrática, de prestação de contas, de transparência e de serviço às comunidades locais. Os autarcas são vitais para a recuperação da vida económica, da vida social, da vida empresarial e da confiança no nosso futuro. Acredito mesmo que sem os autarcas não é possível conseguirmos garantir respostas às necessidades básicas e fundamentais das pessoas", prometeu.
[Notícia atualizada às 01h58]
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