Hugo Soares chegou pouco antes das 19:00 à sede do PSD-Porto, onde o partido acompanhará a noite eleitoral autárquica, e saudou também que a abstenção pareça ter descido, ainda que ligeiramente, em relação há quatro anos.
"Creio que a descida aparentemente será ligeira, não é substantiva, ainda assim é sempre melhor termos uma descida da taxa de abstenção do que termos uma subida", afirmou.
Questionado sobre que expectativas tem para esta noite, o dirigente do PSD frisou que as urnas ainda não tinham fechado em todo o país, não se querendo alongar em comentários.
"As expectativas são que os portugueses aparentemente terão participado mais, o que é uma nota positiva a registar, e esperemos pelo final da noite. Creio que será uma noite longa como as eleições autárquicas nos habituaram, esperaremos para ver aquilo que é o veredicto dos portugueses", disse.
À pergunta se "há algum nervosismo por Lisboa e Porto", onde sondagens recentes apontavam para empates técnicos para PS e PSD, Hugo Soares admitiu que nas noites eleitorais "há sempre aquele nervoso miudinho".
"O que eu posso dizer é que nós estamos muito confiantes em todas as candidaturas que nós propusemos ao país, afirmou.
Hugo Soares fez uma parte da volta autárquica substituindo Luís Montenegro, quando o líder do PSD teve compromissos como primeiro-ministro, e foi questionado se "valeu a pena estar nesses concelhos mais estratégicos onde a luta é reunida".
"Independentemente do resultado, valeria sempre a pena, estar junto dos nossos candidatos a apoiar as nossas candidaturas e os nossos projetos autárquicos. Esperamos pelo resultado eleitoral para perceber se houve ou não houve um efeito que nós queríamos que houvesse nesta campanha eleitoral", disse.
Devido às obras na sede nacional, os sociais-democratas concentraram hoje o acompanhamento dos resultados na sede do partido no Porto, onde estão muito mais jornalistas do que dirigentes, que ainda se contam pelos dedos de uma mão.
Mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar nestas autárquicas, segundo os dados do recenseamento disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI).
Há quatro anos, o PSD conquistou 114 autarquias (72 sozinho e 42 em coligação), e encurtou a diferença para os socialistas de 63 para 35 câmaras, que venceu 149.
A taxa de abstenção em eleições autárquicas tem estado acima dos 40% desde 2009 e há quatro anos registou-se a segunda mais alta percentagem, 46,35%, um pouco abaixo do valor recorde de 47,4% atingido em 2013.
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