As eleições locais com maiores taxas de participação foram as de 1979 e 1982, com abstenções inferiores a 30%, respetivamente, de 26,23% e de 28,58%. Nas primeiras eleições autárquicas em democracia, em 1976, tinha havido 35,42% de abstenção.
Nos atos eleitorais para as autarquias locais de 1985 a 2005 a abstenção ficou sempre acima dos 35%, e em 2009 subiu para 40,99%, nunca mais tendo descido dessa fasquia. Em 2013 registou-se novo valor recorde de 47,4%, ainda não ultrapassado desde então.
Nas últimas eleições autárquicas, realizadas em 26 de setembro de 2021, de acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, estavam inscritos 9.323.688 eleitores, dos quais votaram 5.002.047, 53,65% do total.
A taxa de abstenção de 46,35% registada nessas eleições, a segunda mais alta até agora, motivou declarações de preocupação por parte de dirigentes partidários. Quatro anos antes, em 2017, tinha sido de 45,03%, uma descida face ao valor de 2013.
As eleições de hoje são as 14.ª realizadas em democracia para eleger os titulares dos órgãos das autarquias locais: câmaras municipais, assembleias municipais e assembleias de freguesia.
Estão inscritos para votar 9.303.840 eleitores, dos quais 9.262.722 são eleitores nacionais e 41.118 estrangeiros residentes em Portugal, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Os eleitores vão eleger os órgãos dirigentes de 308 câmaras municipais, 308 assembleias municipais e 3.221 assembleias de freguesia. Outras 37 freguesias escolherão os respetivos executivos em plenários de cidadãos, por terem menos de 150 votantes.
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