Procurar

PS avisa Passos que Sintra não será "palco de ensaio do seu sonho"

A cabeça de lista do PS e Livre à Câmara de Sintra avisou hoje o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho de que o concelho não será "palco de ensaio" para o seu "sonho de se juntar à extrema-direita".

PS avisa Passos que Sintra não será "palco de ensaio do seu sonho"

© Global Imagens 

Lusa
10/10/2025 12:30 ‧ há 9 horas por Lusa

Política

Autárquicas

"Não regressem, aqui não passarão. Sintra não vai ser o palco de ensaio do regresso ou do sonho do doutor Pedro Passos Coelho de se juntar à extrema-direita", avisou Ana Mendes Godinho, antiga ministra e candidata à autarquia de Sintra, numa ação de campanha para as eleições de domingo.

 

Acompanhada pelos líderes do PS e do Livre, Mendes Godinho deixou o recado depois de Pedro Passos Coelho ter surgido em ações de campanha do adversário no concelho Marco Almeida (apoiado por PSD, IL e PAN) e ter defendido que não devem existir "linhas vermelhas" com o Chega, que candidata Rita Matias, em eventuais entendimentos autárquicos.

Caracterizando a sua candidatura como "um movimento da esperança", Mendes Godinho recuou no tempo até à 'troika' para voltar a visar o ex-líder do PSD Passos Coelho, lembrando que o social-democrata foi "além da 'troika'".

"Foi possível fazer um hospital quando mais ninguém fez um hospital [em Sintra]. Ou quando a 'troika' foi além da 'troika' e cortou todos os investimentos no Estado Social, não só os investimentos estruturais mas os cortes. Já todos nos esquecemos, e bem, não nos queremos lembrar. Mas também não queremos que regressem. Não regressem, aqui não passarão", avisou.

Numa intervenção num pequeno comício improvisado no Jardim Central de Queluz, Mendes Godinho afirmou que Sintra é um concelho que "faz da sua diversidade a sua riqueza" e deixou elogios ao atual autarca apoiado pelo PS, Basílio Horta, que está de saída por limitação de mandatos, afirmando que "os problemas hoje são completamente diferentes dos problemas que havia há 12 anos", dando como exemplo a construção do novo hospital de Sintra.

Mendes Godinho recusou que existam jovens no concelho que deixam de estudar porque não têm condições económicas ou financeiras para o fazer, e sublinhou que pretende criar um programa de bolsas para que isso não aconteça.

"Comigo não pode haver uma única criança ou uma família que não tenha resposta de uma creche", acrescentou, lembrando o programa "Creche Feliz", lançado por si quando era ministra num dos governos de António Costa.

"Nós estamos cá para dar oxigénio, ignição, força, energia a todos aqueles que acreditam que o concelho de Sintra tem um projeto com futuro, com visão, estrutural, com medidas concretas e não com 'soundbites' de ódios no TikTok", criticou, numa referência à cabeça de lista do Chega, Rita Matias.

Mendes Godinho manifestou-se confiante numa vitória -- "estamos prestes a ganhar" -- mas avisou que "todos os votos contam", apelando à ida às urnas no domingo, numa corrida eleitoral que algumas sondagens têm apontado como renhida.

Nesta arruada, que teve início na estação de comboios de Queluz-Belas, participaram o cabeça de lista à Assembleia Municipal pela coligação, João Soares, e o antigo ministro Duarte Cordeiro, que se afastou da vida política ativa, assim como o fundador do PS Arons de Carvalho.

À frente da comitiva seguiram Mendes Godinho, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, e os porta-vozes do Livre, Rui Tavares e Isabel Mendes Lopes, que ao som dos bombos foram cumprimentando alguns sintrenses que os abordaram.   

O ambiente foi animado, com a música de campanha sempre no fundo - "Ó Ana, ó Ana, és a presidente da união" -- e terminou com Mendes Godinho a desafiar Carneiro e Tavares para um passo de dança, antes de os líderes seguirem caminho para o último dia de campanha eleitoral.

Concorrem à Câmara de Sintra Ana Mendes Godinho (PS/Livre), Marco Almeida (PSD/IL/PAN), Pedro Ventura (CDU, coligação PCP/PEV), Maurício Rodrigues (CDS-PP/PPM/ADN), Rita Matias (Chega), Tânia Russo (BE) e Júlio Gourgel Ferreira (ND).

Atualmente, o executivo, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, é composto por cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).

Leia Também: Poeta e crítico literário Liberto Cruz morre aos 90 anos

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10