Segundo a mesma fonte, Liberto Cruz morreu em casa, onde recuperava de uma infeção.
Liberto Cruz nasceu em Sintra em 1935, era poeta, ensaísta, crítico literário e tradutor, designadamente de obras de Cendrars, Le Clézio, Marguerite Duras e Samuel Beckett.
"Se eu pudesse destacar alguma coisa na vida de Liberto Cruz, seria a condição de poeta e de crítico literário", sublinhou Manuel Frias Martins.
Da sua obra fazem parte títulos como "Momento" (1956), "Névoa ou Sintaxe" (1959), "Itinerário", 1962, "Viragem do Romance Português"(1969), "Distância" (1976), "Ciclo" (1982), "Jornal de Campanha" (1986) e "Caderno de Encargos"(1994).
Em 2012 publicou "Poesia Reunida", uma coletânea do labor poético de 1956 a 2011.
Liberto Cruz também fundou e coordenou a revista Sibila, dirigiu uma coleção de poesia e ensaio na editora Ulisseia, integrou vários júris de prémios literários, nomeadamente o Prémio Jacinto do Prado Coelho, e colaborou com a imprensa portuguesa, em jornais como Diário de Notícias, Diário Popular e Colóquio/Letras.
A partir dos anos 1960, Liberto Cruz trabalhou em França, na Universidade da Alta Bretanha, Rennes, onde foi leitor, criou e dirigiu a cadeira de Literatura Angolana.
Segundo a Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, também foi conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris (1975-1988) e diretor dos Serviços de Educação, Ciência e Filantropia da Fundação Oriente (1988-1996).
Integrou a direção da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Associação Portuguesa de Críticos Literários -- que presidiu durante mais de uma década, foi responsável pela gestão cultural do Convento da Arrábida e pela Comissão Instaladora do Museu do Oriente.
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