No comício autárquico desta noite em Braga, José Luís Carneiro voltou a fazer um discurso muito centrado nas questões locais e manifestou "uma aspiração a uma vitória" de António Braga "que seja capaz de relançar o concelho de Braga no futuro.
Sobre política nacional, o líder do PS pegou numa ideia que tinha sido deixada pelo eurodeputado socialista Francisco Assis no discurso que o antecedeu, de que "há um desequilíbrio no país que está a encaminhar Portugal de novo para profundas desigualdades", para falar brevemente do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) cuja proposta foi hoje entregue pelo Governo.
"Nós vamos cumprir a nossa palavra, a palavra que nos foi solicitada por parte das cidadãs e dos cidadãos nas eleições há três meses. Nós vamos contribuir para a estabilidade política do nosso país, porque é isso que as pessoas querem, é que sejamos capazes de contribuir para a estabilidade política", enfatizou.
No entanto, Carneiro identificou na proposta "uma desigualdade muito forte na distribuição dos sacrifícios que são pedidos às portuguesas e aos portugueses" e insistiu na necessidade de aumentar as pensões mais baixas "de forma duradoura e estrutural"
"Há um setor que vai ser especialmente prejudicado no decurso de 2026. Os pensionistas com as pensões mais baixas irão ter perdas de rendimento das pensões durante 2026, a não ser que haja capacidade para de novo atribuir um suplemento extraordinário de pensões", alertou.
Na opinião do líder do PS, em vez de ano a ano se "dar um suplemento extraordinário de pensões, como se de um favor do Estado se tratasse", mais valia "melhorar as pensões mais baixas" e dar "outras condições de dignidade aos mais idosos".
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