Luís Montenegro juntou-se hoje à campanha do candidato à Câmara Municipal de Sintra Marco Almeida (PSD/IL/PAN) e falou pela primeira vez no documento hoje entregue pelo Governo na Assembleia da República.
"Hoje demos cumprimento, mais uma vez, ao nosso compromisso de descer os impostos sobre o rendimento do trabalho, sobre o IRS, de toda a gente, mas em particular da classe média", afirmou.
O também primeiro-ministro sublinhou que o Governo já tinha descido este ano o IRS a meio do ano até ao 8.º escalão e hoje concretizou um compromisso de "uma descida suplementar do 2.º ao 5.º escalão e de forma geral de todos os escalões", um compromisso assumido no verão de forma a garantir a viabilização pelo Chega da redução dos escalões.
"Na prática quer dizer que é uma atenuação do ponto de vista fiscal, é uma diminuição do imposto", frisou.
O líder social-democrata destacou ainda as medidas para os reformados e pensionistas.
"Para esses o Orçamento contempla o aumento das pensões para toda a gente, de acordo com o crescimento da economia e a taxa de inflação, e contempla mais um aumento do Complemento Solidário para Idosos para 670 euros", frisou.
Montenegro recordou que quando o Governo PSD/CDS-PP iniciou funções esta prestação era de 550 euros.
"Vejam bem a dimensão, de 550 para 670 euros, é um esforço enorme, é um esforço de justiça social", salientou.
O primeiro-ministro mantém a expectativa de ter, no proxmo ano, "apesar de todos os desafios, um exercício orçamental equilibrado".
Se tal acontecer, repetiu, será possível atribuir, como nos dois últimos anos, "uma prestação suplementar, um suplemento extraordinário às pensões" até 1567 euros.
Em Sintra, Montenegro deixou rasgados elogios à resiliência de Marco Almeida, que se candidata pela terceira vez ao município, confiando que será desta que será eleito presidente da Câmara, falando da "esperança que transpira nesta campanha".
"Aqueles que querem mudar, venham eles mais da esquerda, venham eles mais da direita, se querem mudar, de facto a única alternativa é aqui. Não desperdicem o voto", apelou.
Num aparente 'recado' para outros candidatos, Montenegro defendeu que Marco Almeida esteve sempre disponível para o concelho e "não veio fazer um frete a Sintra".
Localmente, assegurou que a linha de Sintra "terá o tratamento que merece para ter mais composições, para ter mais segurança" e apontou a presença do ministro das Infraestruturas Miguel Pinto Luz na plateia, que disse estar a trabalhar para ultrapassar "uma situação de grande confusão" herdada do executivo PS.
"Estamos a trabalhar muito para ultrapassar esses problemas, nomeadamente um concurso para a construção e aquisição do material circulante que depois será imediatamente canalizado para as linhas com maior pressão e esta é uma delas", prometeu.
Antes, o candidato apelou à mobilização de todos para o voto no domingo -- "não acreditem que já vencemos, apesar das sondagens" -- e deixou uma palavra especial à mulher do primeiro-ministro, Carla Montenegro, também presente no comício.
"Carla, se soubesse que estava entre nós tinha aqui um ramo de flores para lhe oferecer", desculpou-se.
Esta é a segunda vez que o presidente do PSD participa na campanha de Marco Almeida, que também contou esta semana com o apoio do antigo primeiro-ministro social-democrata Pedro Passos Coelho.
Atualmente, o executivo, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, é composto por cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).
Concorrem à Câmara de Sintra Ana Mendes Godinho (PS/Livre), Marco Almeida (PSD/IL/PAN), Pedro Ventura (CDU, coligação PCP/PEV), Maurício Rodrigues (CDS-PP/PPM/ADN), Rita Matias (Chega), Tânia Russo (BE) e Júlio Gourgel Ferreira (ND).
[Notícia atualizada às 23h08]
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