"Nós não conhecemos o programa do PS o que é muito estranho, até inédito diria eu, pelo menos em campanhas eleitorais autárquicas", disse Pedro Duarte.
E acrescentou: "A única coisa que verdadeiramente conhecemos como propostas são 5.000 habitações e duas mesquitas, é a única coisa que é conhecida".
O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares referiu, durante um contacto com a população na Rua Serpa Pinto, que em matéria de ambiente, juventude, idosos, saúde, desporto, imigração ou sustentabilidade nada se sabe do que o PS quer ou propõe.
Em sua opinião, Manuel Pizarro não quer mostrar o jogo, porque não quer que os portuenses façam contas ao "despesismo que pode estar por detrás da sua ideia de cidade".
A título de exemplo, Pedro Duarte sublinhou que as 5.000 habitações que o socialista propõe representam uma despesa de mais de mil milhões de euros, o que "vai endividar os portuenses" durante muitos anos.
E depois, relativamente às mesquitas, o social-democrata lembrou que Manuel Pizarro publicou, em tempos, um vídeo nas redes sociais a dizer que estava de "braços abertos para receber toda a gente no Porto", vídeo que apagou mais tarde.
"Ele [Manuel Pizarro] retirou essa publicação. Portanto, talvez não queira assumir, perante toda a cidade, aquilo que é uma proposta ou propósito que ele tem para a política de imigração", vincou.
Pedro Duarte considerou que em democracia os candidatos devem dizer ao que vêm para, depois, as pessoas não se sentirem traídas na sua confiança.
Na reta final da campanha eleitoral para as eleições de domingo, o candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL disse que as pessoas devem votar em projetos que conheçam e programas que estão disponíveis, por isso, espera que os portuenses sejam exigentes.
Pedro Duarte ressalvou ter um "programa muito completo, apresentado e escrutinável" por toda a gente e em todas as áreas.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
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