"Julgo que este princípio de acordo de cessar-fogo e cessação das hostilidades é vital e queria saudá-lo e desejar que, por um lado, o corredor humanitário, o restabelecimento dessa dimensão humanitária é vital para proteger os mais frágeis que se encontram naquele teatro dantesco de guerra que prevalece nos últimos tempos no Médio Oriente", respondeu José Luís Carneiro aos jornalistas no início de uma ação de campanha para as autárquicas no Porto.
Para o líder do PS, é "muito importante" garantir "a libertação de todos os reféns".
"É muito importante reiterarmos que o reconhecimento do Estado palestiniano tem também de partir de um outro pressuposto, que é o direito à segurança da parte de Israel. E, portanto, é na compatibilização destas vontades que o Estado português tem estado e deve continuar a estar", apontou.
Israel e Hamas anunciaram na quarta-feira à noite um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.
O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
Leia Também: Comunidade Israelita de Lisboa saúda acordo sobre Gaza