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PCP alerta que aumento de CSI vai deixar 800 mil reformados de fora

O secretário-geral do PCP aleetou hoje que o aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI) anunciado pelo Governo deixa 800 mil reformados de fora e criticou os "apoios pontuais" para pensionistas, pedindo um "aumento considerável".

PCP alerta que aumento de CSI vai deixar 800 mil reformados de fora

© Lusa

Tiago Almeida
08/10/2025 19:44 ‧ há 5 horas por Tiago Almeida

Política

Autárquicas

"O aumento do CSI é importante, não desvalorizo isso, mas afeta 200 mil pessoas. É importante para quem recebe, mas não nos podemos esquecer que há mais de um milhão de reformados e pensionistas no nosso país que recebe menos de 500 euros. Portanto, ficam 800 mil de fora dessa medida. Não é pouca gente", afirmou Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas durante uma arruada em Aljustrel, no distrito de Beja.

 

Paulo Raimundo defendeu que os pensionistas precisam de um "aumento considerável" das suas pensões e considerou que, quem chegou à idade da reforma e "contribuiu para pôr este país a andar para frente, merece ter "o máximo de dignidade possível".

"Isso implica não é apoios pontuais, medidas que dependem desta ou daquela vontade do Governo a cada altura. O que depende é do aumento considerável das reformas e das pensões, que corresponda, desde logo, às necessidades do dia-a-dia, ao aumento do custo de vida", afirmou Paulo Raimundo, sustentando que os reformados "têm direito a deixar de ter de optar entre alimentos e medicamentos".

O secretário-geral do PCP criticou ainda o facto de o primeiro-ministro ter indicado que só irá dar apoios pontuais aos pensionistas se houver folga orçamental, salientando que PSD, CDS, Chega e IL "decidiram há poucos dias dar uma borla de fiscal de dois mil milhões de euros" a 19 grupos económicos, referindo-se à redução do IRC.

"Aquilo que o orçamento que está em vigor hoje entrega em benefícios fiscais era suficiente para aumentar em 70 euros todos os reformados. Todos eles: das pensões mais baixas às pensões mais altas. Portanto, isto é uma questão de opção, não é falta de dinheiro", referiu.

Paulo Raimundo fez estas declarações durante uma visita a Aljustrel, vila alentejana onde, nas últimas eleições autárquicas, em 2021, a CDU foi derrotada pelo PS por uma margem de 89 votos.

À chegada a Aljustrel, Paulo Raimundo recebeu um ramo de cravos e salientou que, em troca, queria oferecer uma "grande vitória eleitoral" da CDU no próximo domingo, nesta terra mineira que foi sempre governada por coligações lideradas pelo PCP entre 1976 e 2005, quando passou para uma gestão do PS, que preside à autarquia desde então.

Ao longo do caminho, na arruada mais participada desta campanha da CDU em municípios pequenos, com vários carros a buzinarem quando passavam pela comitiva, Paulo Raimundo foi distribuindo folhetos e procurando apresentar o candidato da coligação à Câmara, Fernando Ruas, que, no entanto, a maioria das pessoas já conhecia.

"Fernando, vinha aqui apresentar-te, mas não há maneira", foi gracejando Paulo Raimundo durante o trajeto.

No final da arruada, num comício à frente da sede do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, Paulo Raimundo classificou a população de Aljustrel como uma "terra de gente que trabalha no fundo, mas consegue sempre vir cá para cima, de rosto erguido, de cabeça levantada".

"Chegar aqui com esta força, esta determinação, esta confiança, esta dinâmica de vitória, estes extraordinários candidatos, quase que me obriga a dizer isto: parece que tenho de voltar cá rapidamente para o grande festejo que vamos ter no próximo domingo", afirmou.

Salientando que "não há teatro que se consiga montar que disfarce quando as coisas correm mal", Paulo Raimundo considerou que a arruada de hoje em Aljustrel mostrou que, com a CDU, "não há teatro, demagogia, mentira, ódio, divisão, unidade".

"Há verdade, há trabalho, honestidade, competência. É este o nosso projeto, a nossa forma de estar, é com isto que nós tudo que nós lá vamos no dia 12, ter uma grande vitória", afirmou.

Leia Também: Montenegro diz que "não havia razão para adiar" entrega do Orçamento

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