Vieira da Silva juntou-se hoje à volta nacional do líder do PS, José Luís Carneiro, para as autárquicas e discursou no jantar que junta esta noite, segundo dados da organização, mil pessoas em Santarém.
"Santarém precisa de um homem como Pedro Ribeiro porque Santarém está há tempo demais, como dizia alguém, à espera do comboio na paragem do autocarro. Nunca o comboio chega a uma paragem de autocarro", disse.
Para o ex-ministro, Santarém, que é liderado pelo PSD há 20 anos, tem "décadas de governação sem ambição, sem perspetivas, sem coragem, sem vontade, sem decisão", o que tem penalizado o concelho.
"O que é que fez juntar tanta gente? Creio que foi uma palavra simples. Escolhas. Estamos aqui porque queremos escolher e queremos ajudar a escolher bem e no próximo dia 12, nas eleições autárquicas, precisamos de boas escolhas", apelou.
Também José Luís Carneiro subiu ao palco para pedir uma vitória do PS em Santarém e considerou Pedro Ribeiro, atualmente presidente da Câmara de Almeirim, a pessoa certa e com as prioridades certas para liderar o concelho.
O líder do PS disse conhecer o candidato socialista há muitos anos e lembrou que, quando era ministro da Administração Interna, pôde constatar a "força, a intransigência e até alguma teimosia" do Pedro Ribeiro quando queria alguma coisa para a sua autarquia.
"Ele tinha o sonho e a aspiração de criar nesta região o grande centro de Proteção Civil do país. [...] Ele não me deixava tranquilo, ele ligava-me de manhã, ele ligava-me à noite, ele aparecia-me no Ministério e um dia tive que lhe dizer: Pedro, vou ter mesmo que colocar uma tranca na porta porque tu não me largas a porta'", contou.
Carneiro pegou numa das prioridades do candidato, a habitação, para voltar a criticar o conceito de renda moderada do Governo.
"Quero dizer-vos que temos um grupo, uma equipa de trabalho bem experiente, a trabalhar para oferecermos ao país uma proposta muito clara, exequível, eficaz, para responder às necessidades dos mais jovens e das classes médias", lembrou.
O líder do PS ressalvou que a proposta do PS é mesmo para que as classes médias que tenham condições para pagar uma casa.
"Não aquela renda moderada que o Governo veio dizer que era uma renda moderada de 2.300 euros, porque com uma taxa de esforço de 40%, como afirmou o ministro, teríamos que ganhar, em média, sete a oito mil euros por mês para termos uma renda moderada de 2.300 euros", insistiu.
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