Num discurso num comício no Largo da Graça, em Lisboa, após uma arruada desde o Mercado de Sapadores que foi acompanhada por várias centenas de pessoas, Paulo Raimundo defendeu que, nos últimos tempos, ficou "à vista da larga maioria dos lisboetas" que João Ferreira é o melhor candidato para a Câmara Municipal de Lisboa.
"João Ferreira é o mais credível, o mais preparado, a pessoa em melhores condições para assumir a presidência da Câmara de Lisboa. Com esta equipa, este programa, esta força, Lisboa precisa, Lisboa merece e era tão bom que Lisboa levasse por diante este objetivo", afirmou Paulo Raimundo.
Neste que foi o único comício da campanha autárquica da CDU em Lisboa que contou com a presença do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo defendeu que "Lisboa precisa de transformação e essa transformação só é possível com a CDU".
"Não há possibilidade de haver uma política autárquica ao serviço de todos sem a CDU. Aliás, só com a CDU é possível levar por diante essa política para todos, ao serviço de todos, com objetivos para todos", defendeu.
Dirigindo-se a todos os lisboetas, Paulo Raimundo desafiou-os a, no dia 12 de outubro, irem votar e, "quando forem votar, votem pelos seus interesses" e por aquilo que "a cidade precisa".
"Votem sem pressões, sem chantagem, sem apelos infundados. Votem sem preconceitos. E, se o fizerem, Lisboa está em condições de abrir, de alargar esse caminho transformador que se impõe hoje, que já se impunha ontem e que se vai impor amanhã", afirmou.
O secretário-geral do PCP afirmou que "não vale a pena virem alguns com a conversa de que isso não é possível", referindo que "quem decide não são os artigos de jornais, não são as sondagens, não são comentadores, analistas", nem "a bolha".
"Quem decide, também em Lisboa, é o povo, os trabalhadores e a juventude com o seu voto. Era só o que faltava esta gente toda estar perante esta pressão e esta chantagem (...) do mal menor ou do mal maior. Nós não precisamos de males maiores ou menos. O que o povo precisa (...) é da alternativa", disse.
Paulo Raimundo reforçou que a alternativa é possível e contrapôs que "o que não é possível é o lixo, a falta de habitação, de transportes", o "desprezo pelo ambiente, as negociatas, o desprezo pelas crianças e pelos idosos".
"O que não é possível é haver hotéis a crescer como cogumelos e os bairros por restaurar, para os quais não há essa opção. O que não é possível, e não é tolerável, é a ilusão, a propaganda, as promessas de sempre e sempre o mesmo apoio à política que trouxe Lisboa à situação em que nos encontramos", disse.
Paulo Raimundo defendeu que "só faltava mesmo era Lisboa ficar perante a inevitável continuação das políticas erradas", numa alusão à candidatura de Carlos Moedas, ou "estar sujeita a ter de apoiar os cúmplices dessas opções erradas que Lisboa tomou", referindo-se a Alexandra Leitão.
"Lisboa precisa de alternativa. Lisboa: aqui estamos, aqui está a CDU, aqui estão os nossos candidatos, aqui está o João Ferreira para assumir todas as responsabilidades que o povo de Lisboa decidir entregar à CDU", disse.
Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), dois da CDU e um do BE.
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