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João Ferreira diz que Carlos Moedas "não está preparado para o cargo"

O cabeça de lista à Câmara de Lisboa pela CDU, João Ferreira, considerou hoje que o presidente da autarquia, Carlos Moedas, recandidato, não está preparado para o cargo, quando questionado sobre contradições relativamente ao acidente do elevador da Glória.

João Ferreira diz que Carlos Moedas "não está preparado para o cargo"

© Pedro Pina/RTP

Lusa
04/10/2025 18:20 ‧ há 20 horas por Lusa

"Infelizmente nós sabemos que não é a primeira vez que declarações públicas do presidente da Câmara Municipal de Lisboa entram em contradição com os factos e com a realidade. Num caso desta sensibilidade, isso é muito grave e demonstra mais uma vez a impreparação que tem para o cargo que ocupa", disse João Ferreira, quando questionado sobre uma reportagem da RTP, em que familiares e vítimas da queda do elevador da Glória, ocorrida há um mês, afirmaram não terem sido ainda contactados pela Câmara Municipal, ao contrário do que afirma o presidente da autarquia.

 

João Ferreira insistiu ser "fundamental um apuramento total, cabal, tão completo quanto possível e rápido das causas e das responsabilidades por algo que nunca deveria ter acontecido", mas afirmou que não pede a demissão de Carlos Moedas.

"O que esta situação confirma é uma impreparação para o cargo que ocupa, mas temos quatro anos de gestão que de formas diferentes o vieram afirmando e confirmando. Agora, nós vamos ter eleições dentro de poucos dias, daqui por uma semana serão os lisboetas a determinar a solução para este e para outros problemas", afirmou o candidato.

Numa nota, enviada na sexta-feira, os vereadores da CDU (PCP/PEV), um dos quais João Ferreira, manifestaram "o seu repúdio pela alegada ausência de apoio por parte da Câmara a vítimas e familiares, o que não só contraria declarações públicas do presidente da câmara, como desrespeita deliberações da Câmara Municipal de Lisboa".

No comunicado, o PCP realçou que numa reunião extraordinária do executivo, realizada em 08 de setembro, foram aprovadas três propostas que incluíam, "ainda que com formulações diferenciadas, um ponto onde se estabelecia a necessidade de a Câmara Municipal de Lisboa garantir o apoio a todas as vítimas do acidente".

O descarrilamento do elevador da Glória, sob gestão da empresa municipal Carris, ocorreu no dia 03 setembro e provocou 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.

Na sequência do acidente, Carlos Moedas defendeu que "seria uma cobardia" demitir-se.

A cabeça de lista da coligação "Viver Lisboa", Alexandra Leitão, acusou na sexta-feira o presidente da Câmara, Carlos Moedas, de não disponibilizar apoio psicológico ou criar um fundo municipal de apoio às vítimas.

"Nada foi feito. Carlos Moedas não está à altura do cargo que ocupa", frisou a socialista, numa publicação nas redes sociais em que citou a reportagem emitida hoje pela RTP.

O incidente foi abordado em duas reuniões extraordinárias da Câmara de Lisboa, em 08 e 16 de setembro, e prevê-se agora uma nova discussão em 13 de outubro, dia seguinte às eleições autárquicas, por decisão de Carlos Moedas, "para não partidarizar um tema que deve merecer todos os esclarecimentos técnicos".

Numa nota de esclarecimento perante a notícia da RTP, a Carris indicou na sexta-feira que tem, "desde o primeiro momento", prestado apoio a todos os pedidos que recebeu "através dos números disponibilizados nos canais oficiais", nomeadamente através do seu Gabinete de Apoio Social, e em estreita articulação com a Câmara Municipal de Lisboa e com a seguradora Fidelidade.

Às eleições autárquicas de 12 de outubro concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).

Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" - PS/Livre, dois da CDU e um do BE.

Leia Também: "Fantasmas, medos e teorias de conspiração não resolvem problemas"

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