Luís Montenegro falava num almoço de apoio ao candidato Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), que decorreu no Palácio dos Correios, e centrou a sua intervenção nas recentes medidas da habitação do executivo e na prioridade dada quer à segurança, quer à regulação da imigração.
"Eu dir-vos-ei que as políticas que temos para o país conseguem conformar-se, articular-se, entrosar-se com as políticas que o Pedro tem convosco para a cidade do Porto", assegurou.
Sobre segurança, e depois de o candidato lhe ter dito que iria propor um plano especial para a cidade nesta área, o também primeiro-ministro manifestou a sua total concordância.
"Não posso estar mais interessado em ter na Câmara Municipal do Porto alguém que possa colaborar e cooperar com o Governo no reforço da segurança. Não posso", assegurou.
Montenegro referiu que, há cerca de um ano, apresentou como primeiro-ministro "uma estratégia de reforço do policiamento de proximidade e também da visibilidade do policiamento".
"Por isso nós estimulámos, operações de fiscalização, de prevenção especial, de combate ao crime, de policiamento, para que aqueles que estão a pensar que há impunidade, que podem cometer crimes que não vão ser apanhados, para eles saberem que nós vamos atrás deles, que nós vamos colocar as polícias a trabalhar para prevenir a ocorrência do crime", justificou.
O líder social-democrata voltou a dizer que são os imigrantes quem mais lhe pede para regular a entrada de pessoas em Portugal e contou um caso concreto, durante um almoço precisamente com Pedro Duarte, com uma cidadã brasileira que trabalhava no restaurante onde almoçaram.
Segundo Montenegro, a senhora pediu a Pedro Duarte que não deixe entrar em Portugal "imigrantes que vêm sem papéis, que andam nas ruas, que não se integram devidamente", que não deixe que "essa bandalheira continue".
O líder do PSD e amigo há muitos anos de Pedro Duarte deixou rasgados elogios ao seu antigo ministro dos Assuntos Parlamentares.
"Eu já vi o Pedro em múltiplas intervenções e funções, onde ele mostrou competência, desprendimento, visão de futuro, coragem, ousadia, modernidade. Mas eu tenho que dizer que nunca o vi tão apaixonado, nunca o vi tão entusiasmado, como agora que é candidato à Câmara Municipal do Porto", afirmou.
Antes, o candidato também deixado elogios ao seu companheiro de partido e de Governo.
"É um farol do ponto de vista da conduta ética, de serviço, de dedicação à causa comum de todos nós. Demonstrou muitas vezes em muitas funções que foi exercendo e também demonstrou quando me libertou de funções governativas para eu seguir o meu sonho e poder dedicar-me à minha cidade", agradeceu.
Com alguma chuva durante os discursos, que decorreram numa varanda com vista para a Câmara Municipal do Porto, Montenegro disse a Pedro Duarte que "só falta saltar daqui para ali".
"A distância é curta, a importância deste passo é grande, mas o trabalho que temos pela frente também é muito, muito grande.
Concorrem à Câmara do Porto, além de Pedro Duarte, Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
Leia Também: Pedro Duarte quer "plano especial de reforço da segurança" no Porto