"Este é um tema nacional, a verdade é que o país precisa de uma liderança no Porto que se afirme a nível nacional. O país está cada vez mais centralista. Nós temos de ter um país também com coesão territorial. Precisamos de ter massa crítica espalhada pelo país", continuou em declarações no âmbito da apresentação do programa eleitoral da coligação.
E prosseguiu: "se não for o presidente da Câmara do Porto a pugnar por este desígnio nacional, mais ninguém o vai fazer. E se assim não for quem não viver em Lisboa vai ficar para trás".
Neste contexto, Pedro Duarte alerta que a sua posição "não é uma critica às anteriores lideranças da Câmara do Porto" e garantiu que, com ele a presidente da Câmara do Porto "o Norte terá um líder também (...) que quando falar o país vai ter de ouvir".
Enfatizando que a "segurança é a base da liberdade", Pedro Duarte alertou que "uma cidade só é verdadeiramente justa, inclusiva e democrática quando todos se sentem protegidos", recusando aceitar "que mulheres, idosos ou crianças tenham receio de circular livremente nas ruas, em qualquer hora e em qualquer lugar".
O combate faz-se, disse, com "mais 100 polícias na rua", medida que classificou de "símbolo da determinação" para "devolver tranquilidade, confiança e autoridade à cidade", frisando ser "necessária uma nova atitude, com uma abordagem integrada, que combine o reforço da fiscalização, a cooperação entre entidades policiais e judiciais e a adoção de medidas preventivas e corretivas".
Mais aumentar o contingente, por si só, não chega para Pedro Duarte que quer a "revisão da atual legislação, no sentido de conferir mais agilidade e capacidade operacional à Polícia Municipal do Porto, de forma que a articulação com outras forças, designadamente a PSP, possa significar mais eficiência e mais eficácia na proteção de pessoas e bens".
A vida noturna consta também do programa, com Pedro Duarte a querer promover ações de sensibilização para as regras de boa convivência em comunidade e avaliar a introdução de um sistema de alarme com geolocalização na futura aplicação única digital do município, acionado por munícipes autenticados com Chave Móvel Digital (CMD) ou credenciais municipais, permitindo pedidos de auxílio imediatos e georreferenciados pelas forças de segurança.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.
Leia Também: "Não pode haver obras no Porto nas costas da Câmara", diz Pedro Duarte
