"A câmara pode estruturar uma rede entre todos os equipamentos da cidade e todas as estruturas que existem, designadamente companhias de teatro, galerias e artistas dos mais diferentes setores da área cultural e, se conseguirmos trabalhar em rede, acho que era muito interessante", afirmou o social-democrata em declarações à Lusa.
O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares referiu que, se se souber trabalhar em rede, o resultado vai ser muito melhor e, se calhar, com o mesmo esforço.
Durante uma vista à Festa de Outono em Serralves, Pedro Duarte contou que outro dos seus objetivos, em matéria de cultura, é fomentar a criação cultural através da criação de espaços de criação.
"A cidade precisa disso. Nós devemos criar condições para que esses espaços de criação e exposição dos trabalhos dos artistas possam florescer na cidade", assinalou.
Dizendo que a autarquia, atualmente liderada pelo independente Rui Moreira, tem a responsabilidade de impulsionar esses espaços, o candidato explicou que nesses locais, por exemplo, os músicos podem dar concertos, os pintores exporem as suas obras e os atores exibirem peças de teatro.
O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares apontou ainda a importância de criar novos públicos e, nesse aspeto, a sua proposta passa por trabalhar com as escolas.
"Eu não tenho a mais pequena hesitação em dizer que uma criança que no seu percurso escolar tenha acesso à cultura é uma criança que se vai realizar muito mais enquanto cidadão", opinou.
Ressalvando que a formação é mais do que o currículo habitual, Pedro Duarte salientou que na sociedade atual é possível combater as desigualdades fazendo com que todas as crianças tenham acesso à cultura.
Apesar de considerar a atual dinâmica cultural na cidade "claramente positiva", Pedro Duarte disse que isso não significa que não haja ainda muito para fazer.
Em sua opinião, a cultura tem de estar no eixo zero do programa, ou seja, na base de tudo o resto, motivo pelo qual vai chamar a si, caso seja eleito, a pasta da Cultura à semelhança do que acontece com Rui Moreira.
"A minha proposta é reforçar essa componente da cultura e já assumi que iria ficar com o pelouro da Cultura porque quero atribuir um caráter transversal às políticas culturais", concluiu.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.
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