"Acho que a experiência de rua e de contacto direto é muito positiva. Aliás, já disse a algumas instituições que vou estabelecer um dia por semana, na minha presidência, em que não vou aos Paços do Concelho. Vou estar sempre na rua, que é fundamental para não se perder depois este contacto direto", revelou o cabeça de lista da coligação O Porto Somos Nós no âmbito de uma ação de campanha.
Hoje, a campanha da coligação que junta o PSD, o CDS-PP e a IL arrancou com uma caminhada pela Rua Damião de Góis, no Centro Histórico, também com o candidato àquela União de Freguesias, João Pedro Videira.
A escolha do horário de almoço fez com que as pessoas não se mostrassem disponíveis para ficar muito tempo à conversa, mas nos cafés e restaurantes onde o cabeça de lista entrou, os desejos de boa sorte foram surgindo.
"A cidade do Porto tem esta particularidade: tem menos gente na rua do que noutros tempos. Eu sinto uma grande diferença para campanhas de outros tempos. É difícil apanhar pessoas na rua e muitas vezes apanhamos pessoas em movimentos pendulares, que não vivem na cidade, mas que estão na cidade porque vêm ao médico, vêm a uma consulta, porque trabalham aqui", partilhou o candidato com os jornalistas.
Pedro Duarte garantiu gostar mais de estar na rua e que, desde maio, tem conseguido "cobrir toda a cidade", mas lamentou que não tenha mais tempo para visitar instituições, justificando com os "muitos debates" que ainda se avizinham.
"Estão a fazer um ótimo trabalho", elogiou uma vendedora de uma imobiliária no Centro Histórico.
Num pequeno quiosque na intersecção com a Rua do Monte Pedral, o ex-ministro dos Assuntos Parlamentares pergunta como vai o negócio e aproveita para deixar um panfleto com as suas propostas entre as revistas à venda.
Mas, assim que a equipa que o acompanhava se afastou da banca, o mesmo foi amarrotado e deitado fora.
Mais à frente, duas senhoras mostram alguma resistência em aceitar os panfletos com o nome de Pedro Duarte e do seu candidato à junta, até que uma delas, Julieta, cede e agarra no papel: "Eu vou votar em si", garantiu.
Aos jornalistas que acompanhavam a ação de campanha a octogenária não conseguiu dizer o nome do candidato, nem que partido representa. Mas assim que contextualizada ressalva que votou AD (nas eleições legislativas) e deixou um pedido: "Digam-lhe que se ele pertence ao Montenegro, também me pertence a mim".
O atual executivo da Câmara do Porto é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
Concorrem à liderança da autarquia Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.
Leia Também: Marisa Matias substitui Mortágua em campanha até regresso da coordenadora