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OE2026? André Ventura desafia Governo a negociar (e exige reformas)

O presidente do Chega, André Ventura, desafiou hoje o Governo a iniciar negociações para um entendimento prévio sobre o Orçamento do Estado, exigindo reformas estruturais em áreas como a agricultura e a legislação laboral e recusando qualquer papel de muleta do executivo.

OE2026? André Ventura desafia Governo a negociar (e exige reformas)

© ANDRE DIAS NOBRE/AFP via Getty Images

Lusa
11/09/2025 16:38 ‧ há 13 horas por Lusa

Política

CHEGA

Durante uma visita à feira Agroglobal, em Santarém, Ventura afirmou ter enviado uma proposta ao gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, com o objetivo de "dar um sinal ao país de estabilidade política" e de que "há condições para uma mudança à direita".

 

"O Chega quer ser uma garantia de confiança e estabilidade. Não queremos assistir ao drama de todos os anos, em que o orçamento pode cair e o Governo também", declarou, sublinhando que o partido está disponível para negociar, mas não para "ser fantoche ou muleta, como o CDS ou a Iniciativa Liberal".

Entre as exigências do Chega estão o aumento estrutural das pensões, uma redução fiscal para as empresas e medidas concretas para o setor agrícola, nomeadamente no combate à escassez de água e aos incêndios.

Ventura criticou ainda a atuação do Governo na gestão dos fogos florestais, acusando o executivo de ter estado "ausente" e de ter gerido "desastrosamente" a crise dos incêndios.

Sobre a legislação laboral, o líder do Chega rejeitou qualquer reforma que implique perda de direitos, nomeadamente nas áreas do luto gestacional e da amamentação, e defendeu um "equilíbrio" entre proteção dos trabalhadores e dinamismo económico.

"O país precisa de mais natalidade, de trabalhadores sólidos e qualificados. Não podemos ser um país de precariedade", afirmou, acrescentando que o Chega não aceitará reformas que "ataquem as mães portuguesas" ou que "transformem o mercado de trabalho numa selva".

Ventura disse estar aberto ao diálogo com o Governo, inclusive fora do âmbito do orçamento, mas avisou que "se a grande reforma laboral for tirar direitos às mães ou facilitar despedimentos indiscriminados, não há caminho".

A visita à Agroglobal ficou ainda marcada por críticas ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem Ventura acusou de realizar "mais de 1.500 viagens à custa dos contribuintes", incluindo deslocações que considerou "desnecessárias", como visitas a exposições ou festivais.

Questionado sobre o voto contra a deslocação do Presidente da República à Alemanha e o lapso em que referiu tratar-se de um "festival de hambúrgueres", quando na verdade se tratava de um evento dedicado à cidadania, André Ventura atribuiu o erro a uma má tradução na folha de votação parlamentar, mas manteve a crítica ao chefe de Estado por, alegadamente, realizar viagens desnecessárias à custa dos contribuintes.

"O Presidente da República deve fazer o mínimo de viagens possível. Os contribuintes não são para pagar passeios", afirmou, acusando ainda a SIC de fazer um "péssimo serviço à democracia" por, alegadamente, não escrutinar suficientemente o chefe de Estado.

Leia Também: "Digam a Ventura: se PR for aos Camarões, não é um festival de marisco"

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