Mariana Leitão, que falava hoje de manhã numa ação de rua junto à estação do Metro no Campo Grande, em Lisboa, disse que o partido não se opõe à criação de um fundo de apoio às vítimas, referindo-se às medidas apresentadas na segunda-feira pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) em resposta ao acidente com o elevador da Glória.
"As pessoas têm de ser apoiadas, as famílias têm de ser apoiadas. É uma tragédia que nos consternou a todos e, portanto, todas as medidas que vão no sentido de auxiliar as vítimas são medidas que não podem deixar de ser executadas e não nos opomos à criação desse fundo", afirmou.
A líder do IL reafirmou que este é o momento de solidariedade para com as vítimas e famílias e de se apurarem as causas do acidente.
"Percebo que estamos em autárquicas, repudiamos todo e qualquer aproveitamento político. Este é o tempo de solidariedade com as famílias, com as vítimas, dos que estão feridos e aguardar que haja conclusões por parte da investigação em curso para se apurarem as verdadeiras causas do acidente para prevenir situações destas no futuro", concluiu.
A Câmara de Lisboa aprovou na segunda-feira propostas da liderança PSD/CDS-PP, do PS e do PCP quanto a medidas em resposta ao acidente com o elevador da Glória, desde o apoio às vítimas à criação de um portal da transparência.
As propostas foram aprovadas de forma "quase unânime ou unânime em muitos casos" na reunião extraordinária da câmara, indicou o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), referindo que houve um esforço de consensualização dos três documentos num único, mas não foi possível, tendo o executivo votado cada um deles.
O elevador da Glória, sob gestão da Carris, descarrilou na quarta-feira à tarde, num acidente que provocou 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
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