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OE? Raimundo acusa PS e Chega de "andarem às cotoveladas"

O secretário-geral do PCP acusou hoje PS e Chega de "andarem às cotoveladas" para ver quem é "mais cúmplice" do Governo no Orçamento do Estado, considerando que o primeiro-ministro tem "razões para estar descansado", mas o povo não.

OE? Raimundo acusa PS e Chega de "andarem às cotoveladas"

© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
05/09/2025 21:25 ‧ há 15 horas por Lusa

Política

OE2026

Em declarações aos jornalistas no arranque da Festa do Avante!, na Quinta da Atalaia, no Seixal, Paulo Raimundo foi questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que considerou que o próximo Orçamento do Estado vai ser "relativamente simples".

 

O secretário-geral do PCP considerou que o primeiro-ministro fala de "costas largas" devido à postura do Chega e PS perante uma proposta que, apesar de ainda não se conhecida, Paulo Raimundo disse saber que servirá para "acelerar a política que está em curso".

"O mais extraordinário é nós vermos, assistirmos, na praça pública, às cotoveladas entre o PS e o Chega para ver quem é que ainda é mais cúmplice e qual é que é o par da noiva no Orçamento do Estado", acusou.

Para Paulo Raimundo, o primeiro-ministro, "que assiste a isto na praça pública, às cotoveladas para ver quem é que se chega primeiro à frente, é claro que está descansado e tem razões para estar descansado".

"Quem não tem razões para estar descansado são vocês, somos nós, são aqueles que trabalham, que põem o país a funcionar, os reformados, os jovens em particular. Esses não têm razão nenhuma para estarem descansados", sustentou, prevendo que o próximo Orçamento do Estado vai servir para "continuar o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

"É um orçamento para continuar a apertar as pensões e os salários. É um orçamento para continuar a transferir recursos para os grandes grupos económicos, desde logo pela descida do IRC. É um orçamento que tem, na sua conceção, o pacote laboral para mais precariedade, mais aperto nos salários, mais regulação das horas, mais facilidade nos despedimentos", avisou.

Nestas declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo foi ainda questionado sobre as declarações do reitor da Universidade do Porto, que alegou ter sido pressionado para abrir mais vagas no curso de Medicina por "pessoas influentes", acusação que o ministro da Educação refuta.

"Zangam-se as comadres", respondeu Paulo Raimundo, salientando que essa é uma matéria que precisa ser clarificada, mas não adiantando se o PCP tenciona pedir uma audição sobre o assunto, à semelhança do que fez PS e IL.

"Há partido que pedem tudo e um par de botas, sabemos isso. Eu não quero desvalorizar isso, sinceramente, nem quero minimizar isso, nós próprios já falámos sobre essa matéria. Agora, pronto, zangam-se as comadres", reforçou.

Sobre a prioridade do PCP para os próximos meses, Paulo Raimundo disse não querer antecipar o discurso que fará no comício de encerramento da Festa do Avante, mas frisou que o partido vai procurar "salvar o SNS" e propor respostas para a habitação, trabalho, salários, pensões e direitos das crianças.

"E o combate feroz, determinado e para ganhar, ao pacote laboral. São matérias que estarão naturalmente presentes no embate que vamos ter pela frente", assegurou.

Leia Também: OE2026? Marcelo considera que aprovação "este ano é mais fácil"

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