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IL acusa Governo de calculismo, enquanto CDS faz apelo à Justiça

A IL acusou hoje o Governo de "calculismo político" por "adiar o recurso a meios de combate", enquanto o CDS-PP pediu à justiça que não desvalorize o crime de incendiarismo e seja consequente com as decisões políticas.

IL acusa Governo de calculismo, enquanto CDS faz apelo à Justiça

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
27/08/2025 17:43 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Incêndios

Numa intervenção no debate na Comissão Permanente da Assembleia da República sobre a situação dos incêndios, a presidente da IL, Mariana Leitão, defendeu que o país vive hoje "as consequências de três negligências" de "nada fazer" em relação à proteção da floresta, "apenas reagir" sem "fazer antes o trabalho de prevenção" e de "calculismo político" por "adiar o recurso aos meios de combate".

 

Mariana Leitão questionou o primeiro-ministro sobre se "vai precisar de mais relatório técnicos para perceber o óbvio", defendendo que a "legislação da floresta está um caos e precisa de ser simplificada e consolidada".

"Se ainda está à espera de outro relatório para lhe dizer isto, então, desculpe dizer-lhe, mas o problema não é certamente da floresta, é da sua incapacidade de decisão", atirou.

A líder liberal considerou ainda que "quase tudo continua por fazer" em relação às conclusões dos especialistas após os incêndios de 2017, pedindo ao primeiro-ministro "mais ação" e não "mais planos para encher gavetas".

"Chegou o momento de romper o ciclo de anos de propaganda e assumir o ciclo da responsabilidade da execução. A floresta não pode esperar mais, as populações não podem esperar mais e o país não pode esperar mais. Não basta gerir a emergência, é preciso gerir o território. Não basta apagar incêndios, é preciso prevenir tragédias", pediu.

João Almeida, deputado do CDS-PP, apelou às magistraturas e ao Ministério Público que não desvalorizem o crime de incêndio florestal, lembrando que a moldura penal desse crime é alta e que, por decisão político, foi posto, várias vezes, como "prioridade relativamente à atuação da justiça".

"Não compete só aos políticos tomarem estas medidas, compete à justiça também ser consequente com aquilo que são as medidas que são tomadas pelos políticos e este crime não pode ser desvalorizado", defendeu.

O centrista defendeu o Governo em relação às acusações de falta de propostas para os bombeiros, argumentando que essa é uma questão estrutural, que consta no programa do Governo e que as propostas aprovadas em Conselho de Ministros extraordinário foram excecionais.

João Almeida considerou ainda que "é mentira aquilo que está a ser dito sobre a área ardida este ano", porque as contas e as comparações, nessa matéria, devem ser feitas só no final do ano e não nesta altura.

"Não é num dia em específico dizer 'até este dia arderam mais 10 mil hectares do que tinham ardido em 2017'. Faremos as contas no fim, faremos as contas no fim", acrescentou.

Leia Também: Parlamento aprova votos de pesar pelas quatro mortes nos fogos

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